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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Avanço tecnológico favorece preguiça mental, diz autor de "Mentes Brilhantes"
O avanço tecnológico (acesso instantâneo a dados por meios eletrônicos diversos) favorece a preguiça mental na sociedade, diz o autor de "Mentes Brilhantes - Como Desenvolver Todo o Potencial do Seu Cérebro", em entrevista à Livraria da Folha.
Alberto Dell'Isola, 29, é programador de computador e dono de títulos de disputas internacionais de memorização. O brasileiro domina as técnicas com cartas de baralho.
Ele diz que "o cérebro não gosta de pensar", daí a necessidade de um esforço de concentração na hora de captar o mundo ao seu redor, buscando relações entre as coisas.
"Sem atenção, não existe retenção nem memória", afirma o escritor, que participa de pesquisas na área de psicologia, na Universidade Federal de Minas Gerais.
Segundo o autor, estudantes enfrentam desafios extras para aprender conteúdos, em um mundo digital repleto de estímulos e ruídos, competindo por seu tempo.
Durante os estudos, alunos se distraem com outras mídias, como TV, rádio, e sites de relacionamento, redes sociais. Alguns reclamam do baixo rendimento, mas esquecem de melhorar o ambiente de aprendizagem, de desenvolver métodos de aperfeiçoamento.
"Não dá para estudar ouvindo rádio, vendo TV, atualizando o Orkut, teclando no MSN. A multitarefa é um grande problema. Nem o Windows consegue fazer muita coisa ao mesmo tempo."
Mas Dell'Isola está longe de ser uma voz hostil à era digital do conhecimento. Ele diz que, sem o computador, não teria acumulando informações, trocado experiências com atletas da mente e escrito seus livros.
Ele dá palestras sobre memorização e criatividade pelo país e se apresenta também em programas de TV, como atrações de auditório, mostrando sua habilidade de guardar dados.
O autor de "Mentes Brilhantes" diz ter sido incentivado a lançar livros por Lair Ribeiro, autor do best-seller "O Sucesso Não Ocorre por Acaso" (1992), sobre programação neurolinguística.
SÉRGIO RIPARDO
29/12/2009
http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u672482.shtml
Governo eleva valor de repasse aos municípios para merenda e transporte escolar
O governo federal decidiu nesta segunda-feira aumentar de R$ 0,22 para R$ 0,30 o valor repassado aos municípios para a merenda e o transporte escolar em 2010 --ano eleitoral. O ministro Fernando Haddad (Educação) disse hoje, ao anunciar o aumento, que o governo vai formalizar a mudança na quarta-feira. O impacto anual do reajuste na merenda e no transporte escolar é estimado pelo ministro em R$ 1 bilhão.
Segundo Haddad, o custo da merenda escolar em 2009 para o governo federal foi de R$ 2,2 bilhões, enquanto o do transporte escolar foi de R$ 478 milhões. No modelo atual, o governo repassa aos municípios os recursos para a merenda escolar em toda a educação básica, enquanto no transporte escolar o benefício atinge o ensino rural do país --para o deslocamento dos alunos às escolas.
A mudança nos valores, segundo Haddad, vai passar a valer no início do período letivo de 2010. O ministro disse que, até 2003, o governo federal repassava R$ 0,09 centavos aos municípios para a merenda e o transporte escolar. Há seis anos o valor passou para R$ 0,22 centavos, chegando agora aos R$ 0,30.
O repasse já havia sido aumentado em 70% desde 2003 e, neste ano, foi estendido aos alunos do ensino médio.
Inicialmente, a ideia do governo era ampliar o repasse na merenda e no transporte escolar para R$ 0,35, mas a equipe econômica recomendou o reajuste menor para evitar maiores impactos aos cofres do governo.
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
28/12/2009
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u671995.shtml
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Governo estabelece normas para o Fundeb em 2010
Portaria dos ministérios da Educação e da Fazenda, publicada hoje (29) no Diário Oficial da União, fixa regras para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em 2010.
O valor anual mínimo nacional por aluno, definido em R$ 1.415,97, poderá ser ajustado em razão de mudanças nas receitas do Fundeb provenientes das contribuições dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Na hipótese de realização de ajustes, a distribuição para o respectivo exercício poderá ser revista e divulgada na internet, na página do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no endereço eletrônico www.fnde.gov.br. A distribuição dos recursos vai considerar a educação básica por estado, Distrito Federal e município.
O primeiro ajuste ocorreu em abril, quando o novo censo escolar foi aplicado e os critérios de distribuição dos recursos do primeiro trimestre foram atualizados - o repasse tinha sido feito com base no censo escolar do ano passado.
O segundo ajuste foi necessário porque o Ministério da Educação e a Secretaria do Tesouro Nacional, após conferência dos montantes da arrecadação disponibilizada e distribuída às contas do Fundeb e da arrecadação efetivamente realizada em 2008, perceberam uma diferença entre os valores. Verificou-se que o valor total de recursos disponibilizados pelos governos estaduais foi inferior em R$ 1,27 bilhão em comparação à receita que deveria ter sido depositada.
A Constituição Federal reserva 25% das receitas dos impostos e transferências para a educação. Desde 1996, com a aprovação da Emenda Constitucional nº 14, 60% desses recursos estão destinados ao ensino fundamental, o que equivale a 15% do recolhimento de tributos.
Os pedidos de complementação devem ser encaminhados pelos municípios ao FNDE. A concessão do auxílio exige que os municípios cumpram os seguintes requisitos: aplicar pelo menos 30% da receita de impostos em educação; preencher completamente as informações requeridas pelo Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope); cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino; apresentar planilha de custos detalhada que demonstre a necessidade e a incapacidade para o cumprimento do valor do piso; e apresentar maioria das matrículas na zona rural, conforme apurado no censo anual da educação básica.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Filhos e as novas tecnologias
Quem nasce hoje, nasce “plugado” na tecnologia, querendo ou não. São aparelhos que já circundavam o corpo da mãe, em ultrassons super modernos, foram horas de “papo” escutando quando a mãe falava ao telefone, ao celular, dançava cantando aquela musiquinha no ifone, as pesquisas na internet, o barulhinho do computador...E logo ao nascerem, aqueles brinquedos lindos, que fazem de tudo e os jogos maravilhosos que estão cada vez mais impossíveis de se resistir...
Quem nasce hoje está irremediavelmente ligado à tecnologia. Não é à toa que para um dos maiores especialistas em educação e tecnologia, Prensky, “por mais que os adultos consigam adquirir fluência nos computadores, nós somos o que ele chama de “imigrantes” digitais e as crianças, “nativas”.
Mas isso não significa de forma alguma, que para viver essa nova realidade mundial, não seja indispensável também uma educação especialmente pensada para mais este ambiente onde as crianças e jovens passaram a “viver”.
Funciona como quando mandamos nossos filhos à escola pela primeira vez: uma série de providências e de recomendações não excluíram o nosso olhar permanente sobre tudo e todos com quem eles tinham contato e estavam aprendendo, certo? Com o mundo digital, tecnológico, é o mesmo: eles devem ser preparados para saber se comportar e defender no novo ambiente e nós temos que estar sempre supervisionando cada um de seus novos passos. Mesmo porque, com o computador, mesmo com câmera, não há o contato pessoal tão apreciado pelas crianças e por isso ele sozinho não é grande companhia a não ser por um tempo determinado por dia, apesar de ser mais interativo que a TV.
Não que as crianças antissociais tenham sido “criadas” pelo uso da TV ou do computador, mas na verdade as mais tímidas principalmente, perdem algumas oportunidades de interagir pessoalmente, brincar, correr com seus pares e até de brigar e fazer as pazes! Enfim, a socialização, se não houver cuidado, pode ficar um pouco prejudicada.
Os jogos tecnológicos, como qualquer outro jogo, têm funções educativas maravilhosas e têm aspectos negativos inegáveis. Enquanto aumentam a capacidade de resolver problemas, estimulam a criançada a criar novas estratégias, desenvolver a rapidez motora, treinam o acerto e o erro, ensinam a esperar a vez, a perder, etc, mas também acabam por deixar a garotada longe da bola, da boneca, da bicicleta por horas, se não houver um adulto que organize seu tempo de uso. E jogo acaba por envolver muito tempo, às vezes até o tempo das lições de casa...
Aliás, a escolha do jogo é um outro assunto delicado que não pode ser deixado apenas no desejo infantil: alguns são violentos e fazem a criança se tornar mais ansiosa, com pouca autoestima por não ter ainda condições de “vencer” suas etapas. Assim escolher o jogo, o programa, é tão importante quanto organizar o tempo que a criança vai usar para cada atividade, pois todas têm seu lado importante, desde que usados com parcimônia e sob supervisão de um adulto.
Uma criança pré-escolar que já passa metade de seu dia na escola, pode usar seus joguinhos ou computador por meia hora diária sem problemas: sobrará muito tempo para a soneca e para brincar. Já os mais crescidos, dos sete aos dez anos, podem gastar uma hora ou um pouco mais, se de fato estiverem fazendo uma pesquisa escolar. Mas atenção sempre na hora em que estes entram no mundo virtual sem passaporte, ou seja, sem um adulto ali do lado: as crianças são curiosas e o computador não faz triagem de sites e nem de informações de acordo com a faixa etária! Existem alguns sites muito bons para crianças, mas mesmo assim, sempre o melhor é acompanhar até ter certeza de que a criança já desenvolveu um comportamento que lhe permita “navegar” sozinha por mais tempo.
Depois dessa idade, é importante continuar acompanhando mesmo de longe, inclusive para orientar o que fazer no caso de contatar com estranhos. Afinal, todo pai e mãe já fez isso, quando o ensinou a não falar e nem seguir estranhos na rua, não é mesmo?
Maria Irene Maluf
Pedagoga, especialista em Educação Especial e Psicopedagogia.
Contato:
irenemaluf@uol.com.br
Governo lança programa para aumentar quantidade de laptops em escolas
O governo federal lançou um programa para comprar mais laptops (computadores portáteis) para alunos de escolas públicas no ano que vem. A medida é o desdobramento de uma experiência-piloto iniciada em 2007 com a licitação para a compra de 150 mil aparelhos para alunos de 300 escolas.
Os equipamentos do projeto inicial foram adquiridos com recursos do governo federal --a expectativa é que as primeiras unidades sejam entregues no início do ano que vem.
A novidade agora é o lançamento de uma concorrência para que Estados e municípios possam comprar os equipamentos. O governo federal centralizaria a aquisição por meio de um pregão eletrônico e de um registro nacional de preço.
Além disso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ofereceria aos governos municipais e estaduais uma linha de financiamento de R$ 650 milhões, segundo José Luiz Maio de Aquino, assessor da Presidência da República. O banco informou ontem (16) que ainda está definindo as condições do crédito.
Nas próximas semanas, deverá sair ainda um decreto definindo que esses computadores deverão ser fabricados no Brasil. Na semana passada, o governo anunciou que não recairão tributos federais sobre a compra desses equipamentos.
Eleições
A distribuição será feita em 2010, ano com eleições, inclusive para a Presidência da República. No Uruguai, projeto semelhante foi um dos trunfos do candidato governista, José Mujica, que acabou vencendo o pleito realizado neste ano.
A ideia foi abraçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda no seu primeiro mandato, após encontro com Nicholas Negroponte, professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA), que apresentou a ele o projeto que ficou conhecido com o do "laptop de US$ 100".
Em 2007, o governo lançou o edital para a compra dos 150 mil computadores, que abrangem menos de 1% dos alunos da rede pública no Brasil. A compra, porém, acabou sendo paralisada por questionamentos feitos ao Tribunal de Contas da União e à Justiça. Só na última segunda-feira foi declarada a vencedora, a empresa Digibrás. O menor preço oferecido foi de US$ 232 por equipamento.
da Folha de S.Paulo
17/12/2009
Câmara muda regra de correção de piso salarial de professor
Salvador Dalí
O Plenário aprovou na quarta-feira (16) o Projeto de Lei 3776/08, do Executivo, que determina o uso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para a revisão, em janeiro de cada ano, do piso salarial brasileiro para o magistério público da educação básica. A matéria deve ser votada ainda pelo Senado.
De acordo com a Agência Câmara, o governo pretende mudar a lei de criação do piso, sancionada neste ano, para evitar um "aumento contínuo" dos gastos com pagamentos aos professores. Isso permitiria, segundo o Executivo, que o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) fosse usado para outras despesas, como construção de escolas, compra de material de ensino e universalização do uso da informática.
A lei que criou o piso nacional (11.738/08) adota, como índice de correção, o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Esse valor é definido nacionalmente de acordo com o número de matrículas.
Ao usar o INPC para corrigir o salário dos professores, o governo pretende desvincular a correção do crescimento do número de matrículas e da própria elevação do número de profissionais que ganharão o piso da categoria.
O Plenário aprovou na quarta-feira (16) o Projeto de Lei 3776/08, do Executivo, que determina o uso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para a revisão, em janeiro de cada ano, do piso salarial brasileiro para o magistério público da educação básica. A matéria deve ser votada ainda pelo Senado.
De acordo com a Agência Câmara, o governo pretende mudar a lei de criação do piso, sancionada neste ano, para evitar um "aumento contínuo" dos gastos com pagamentos aos professores. Isso permitiria, segundo o Executivo, que o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) fosse usado para outras despesas, como construção de escolas, compra de material de ensino e universalização do uso da informática.
A lei que criou o piso nacional (11.738/08) adota, como índice de correção, o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Esse valor é definido nacionalmente de acordo com o número de matrículas.
Ao usar o INPC para corrigir o salário dos professores, o governo pretende desvincular a correção do crescimento do número de matrículas e da própria elevação do número de profissionais que ganharão o piso da categoria.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Livro ensina a planejar e investir na educação dos filhos e na própria carreira
A educação é um dos melhores investimentos que se pode fazer --para os filhos ou para si próprio. Investir em educação traz vários benefícios, que vão desde a satisfação pessoal até uma melhor colocação no mercado de trabalho.
O livro "Como Planejar a Educação" , da "Série Sucesso Profissional Finanças Pessoais", da Publifolha, traz estratégias para facilitar o investimento pessoal em educação mostra todas as maneiras de adquirir uma educação formal sólida e de qualidade.
O título apresenta informações sobre o perfil da educação brasileira, orienta na escolha da escola, traz dicas para quem quer fazer um estágio ou estudar com o apoio da empresa, mostra os prós e contras de estudar a distância, além de auxiliar nas decisões de estudar no exterior, fazer pós-graduação e optar por uma bolsa de estudo.
Com tabelas comparativas e guias de preços, o volume também ensina como calcular os custos do ensino, como gerir melhor o dinheiro e poupá-lo para garantir a sua educação ou a de seus filhos.
A série "Sucesso Profissional" é composta por guias que auxiliam na estratégia pessoal. Os títulos, com textos diretos e exemplos práticos, mostram os principais pontos a serem trabalhados e como obter uma carreira bem-sucedida. Fotos, ilustrações, gráficos e diagramas ajudam a solucionar problemas de maneira inovadora. Cada título custa R$ 19,90.
Autores
William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas, e Fabio Gallo Garcia, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(PUC-SP), são doutores em Finanças e professores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP), da FGV.
"Como Planejar a Educação"
Autores: Fabio Gallo Garcia e William Eid Júnior
Editora: Publifolha
Páginas: 72
Quanto: R$ 19,90
Onde comprar: Nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Publifolha
http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u364417.shtml
Governo estimula mestrado profissional
Ampliação de oportunidade ou queda de qualidade?
Deixe aqui sua opinião!
O mestrado profissional tornou-se política de governo. O MEC (Ministério da Educação) começa a incentivar as instituições de ensino superior que oferecem cursos de especialização a apresentar propostas para transformá-los em mestrados profissionais.
Para isso, o órgão investiu em mudanças, previstas na Portaria Normativa nº 7, de junho deste ano. Agora, não é mais preciso que o corpo docente seja composto só por mestres e doutores. Professores com experiência profissional na área podem integrar o quadro.
Muda também o trabalho de conclusão de curso. Passam a valer não só dissertações mas também projetos técnicos, desenvolvimento de produtos e processos, produção artística, de software e de programas de mídia e projetos de inovação tecnológica, entre outros.
"O país precisa qualificar recursos humanos em várias modalidades, e o mestrado profissional é um dos recursos para isso", esclarece Lívio Amaral, diretor de avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), reguladora da oferta desses cursos.
Foram recomendados pela Capes 2.823 mestrados --269, ou 9,5%, são profissionais. Os demais são acadêmicos.
A ideia é que as alterações permitam que a modalidade decole, com a criação de cursos. Além disso, estão previstos editais de incentivo à abertura de mestrados profissionais. O primeiro, lançado em outubro, foca a área de saúde.
Conexão
O diretor acadêmico de pós-graduação stricto sensu do Insper, Rinaldo Artes, elogia a medida. A não exigência de dissertação abre um leque maior de oportunidades e atende à demanda dos profissionais, diz.
Para o coordenador do mestrado profissional do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Mario Miyake, a medida acena para que boas pós-graduações lato sensu se tornem mestrados profissionais. Mas a não exigência de dissertação podem fazer com que o curso seja visto como um "mestrado de segunda categoria", diz.
13/12/2009
RAQUEL BOCATO
da Folha de S.Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/classificados/empregos/ult1671u665740.shtml
sábado, 12 de dezembro de 2009
Gênero e Diversidade na Escola
O Curso: Gênero e Diversidade na Escola, nasceu de uma iniciativa da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM) e do Conselho Britânico, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD-MEC), a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPRIR) e o Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM), além das secretarias de educação, as coordenadorias da mulher e os movimentos sociais dos estados e dos municípios participantes.
O curso busca a formação continuada de profissionais da educação para atuarem na educação básica e proporcionar o desenvolvimento das habilidades necessárias nas temáticas de gênero, sexualidade, e relações étnico-raciais. A abordagem articulada destas temáticas propostas objetiva disseminar práticas pedagógicas de enfrentamento ao preconceito e à discriminação, desencadeando ações que visem educar a sociedade para o respeito e a valorização da diversidade.
Para a realização do curso será utilizado o ambiente virtual (moodle), onde serão previstas as realizações de atividades, assim como serão disponibilizadas informações pertinentes ao curso, literatura para aprofundamento e especificidades de cada disciplina.
Organizado em 5 módulos, o curso tem carga horária correspondente a 200 horas , sendo 24 delas presenciais e 176 horas a distância; estas últimas através da utilização da ferramenta “Moodle”, o ambiente virtual de aprendizagem.
Tratando-se de um curso semi-presencial, este contará com a participação de tutores presenciais e a distância, que colaborarão para o bom andamento do curso e o desenvolvimento das atividades propostas, sanando as dúvidas e dificuldades encontradas pelo aluno, seja no ambiente virtual, seja nas disciplinas apresentadas.
Confiram mais informações, assim como o material no site abaixo.
http://sistema.clam.org.br/biblioteca/?q=node/405
Nova ortografia da língua portuguesa entra em vigor em 2009
Passados 18 anos de sua elaboração, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa promete finalmente sair do papel. Ou melhor: entrar de vez no papel. O Brasil será o primeiro país entre os que integram a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) a adotar oficialmente a nova grafia, já a partir do ano que vem.
As regras ortográficas que constam no acordo serão obrigatórias inicialmente em documentos dos governos. Nas escolas, o prazo será maior, devido ao cronograma de compras de livros didáticos pelo Ministério da Educação.
As mudanças mais significativas alteram a acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema e sistematiza a utilização do hífen. No Brasil, as alterações atingem aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais países, que adotam a ortografia de Portugal, o percentual é de 1,6%.
Entre os países da CPLP, já ratificaram o acordo Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Ainda não definiram quando irão ratificar o documento Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
A assinatura desses países, porém, não impede a entrada em vigor das novas regras em todos os países, pois todos concordaram que as mudanças poderiam ser adotadas com a assinatura de pelo menos três integrantes da comunidade.
No Brasil, o acordo -- firmado em 1990 - foi aprovado pelo Congresso em 1995. Agora, a implementação definitiva depende apenas de um decreto do presidente Lula, ainda sem data para ocorrer.
Mesmo assim, o MEC (Ministério da Educação) já iniciou o processo de adoção da nova ortografia. Entre 2010 e 2012 é o período de transição estipulado pela pasta para a nova ortografia passar a ser obrigatória nos livros didáticos para todas as séries.
Confira as novas regras ....
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u415676.shtml
40% dos estudantes brasileiros não têm acesso à internet, mostra pesquisa
11/12/2009 - 11h59
Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira mostra que 40% dos estudantes brasileiros não tinham acesso à internet em 2008. Segundo pesquisadores do instituto, o dado impressiona porque a rede é usada com foco no estudo por 90% dos estudantes.
De acordo com o Suplemento da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2008 sobre Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, 15 milhões de jovens não usam a rede em seu dia a dia.
O estudo aponta também que o Estado com menos estudantes conectados é o Maranhão, onde apenas 34% deles têm acesso à internet. Os pesquisadores destacam ainda que o Orkut influenciou 83% dos acessos à internet de quem busca comunicação com outras pessoas no país. Já a educação, que liderava o ranking de motivações ao acesso caiu de 70% dos usuários para 66%.
Desconectados
O levantamento aponta ainda que 104,7 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade não tiveram acesso à internet no período de três meses anteriores à pesquisa (65,2% do total). Os principais motivos para a não utilização foram não achar necessário ou não querer (32,8%); não saber utilizar a internet (31,6%) e não ter acesso a computador (30%).
Idade
Entre os estudantes, a principal razão para estarem desconectados é o fato de não terem acesso a um computador (46,9%). As pessoas que não demonstraram interesse na internet apresentaram idades médias mais elevadas (44,1 anos em 2005 e 45,2 anos em 2008) do que aqueles que apresentaram outros motivos para não se conectarem.
Rendimento
O levantamento revelou que as pessoas que apresentaram os mais altos rendimentos médios mensais per capita de R$ 1.900 foram as que acessaram à internet para fazer compras e pagar contas. Já as pessoas de renda baixa (cerca de R$ 1.000) entram para se comunicar com outros internautas e para lazer.
Ainda de acordo com a pesquisa, o rendimento per capta das pessoas que acessaram a web no trabalho foi de R$ 1.523, enquanto o dos internautas domésticos ficou em R$ 1.336 (os mais elevados). Os menores rendimentos per capta foram os dos usuários de centros públicos de acesso gratuito (R$ 825) e de LAN houses (R$ 536).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u665109.shtml
Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira mostra que 40% dos estudantes brasileiros não tinham acesso à internet em 2008. Segundo pesquisadores do instituto, o dado impressiona porque a rede é usada com foco no estudo por 90% dos estudantes.
De acordo com o Suplemento da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2008 sobre Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, 15 milhões de jovens não usam a rede em seu dia a dia.
O estudo aponta também que o Estado com menos estudantes conectados é o Maranhão, onde apenas 34% deles têm acesso à internet. Os pesquisadores destacam ainda que o Orkut influenciou 83% dos acessos à internet de quem busca comunicação com outras pessoas no país. Já a educação, que liderava o ranking de motivações ao acesso caiu de 70% dos usuários para 66%.
Desconectados
O levantamento aponta ainda que 104,7 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade não tiveram acesso à internet no período de três meses anteriores à pesquisa (65,2% do total). Os principais motivos para a não utilização foram não achar necessário ou não querer (32,8%); não saber utilizar a internet (31,6%) e não ter acesso a computador (30%).
Idade
Entre os estudantes, a principal razão para estarem desconectados é o fato de não terem acesso a um computador (46,9%). As pessoas que não demonstraram interesse na internet apresentaram idades médias mais elevadas (44,1 anos em 2005 e 45,2 anos em 2008) do que aqueles que apresentaram outros motivos para não se conectarem.
Rendimento
O levantamento revelou que as pessoas que apresentaram os mais altos rendimentos médios mensais per capita de R$ 1.900 foram as que acessaram à internet para fazer compras e pagar contas. Já as pessoas de renda baixa (cerca de R$ 1.000) entram para se comunicar com outros internautas e para lazer.
Ainda de acordo com a pesquisa, o rendimento per capta das pessoas que acessaram a web no trabalho foi de R$ 1.523, enquanto o dos internautas domésticos ficou em R$ 1.336 (os mais elevados). Os menores rendimentos per capta foram os dos usuários de centros públicos de acesso gratuito (R$ 825) e de LAN houses (R$ 536).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u665109.shtml
sábado, 5 de dezembro de 2009
Veto a criança menor de 6 anos no 1º ano divide educadores
RICARDO WESTIN
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
Desrespeito à autonomia dos colégios, decisão que favorece o desenvolvimento das crianças e medida com fins econômicos.
Essas avaliações tão distintas umas das outras foram feitas por especialistas em educação a respeito do projeto de lei que o Ministério da Educação enviará ao Congresso Nacional determinando que apenas crianças com seis anos completos no início do ano letivo poderão ser matriculadas no primeiro ano do ensino fundamental.
O MEC se preocupa porque cada rede estadual e municipal segue uma regra própria. Os colégios particulares também vão por caminhos variados.
Essa falta de unidade faz com que uma criança de cinco anos seja aceita numa escola e recusada em outra. Aprovado o projeto, crianças de cinco anos não poderão ser matriculadas.
Para o professor Remi Castioni, da UnB (Universidade de Brasília), o MEC fere a autonomia dada às escolas pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
"Embora digam que a educação é libertadora, os educadores adoram uma lei. O MEC determina todas as regras, e as escolas ficam sem poder usar a criatividade", diz. "A escola tem de analisar cada aluno. Há criança de cinco anos que pode estar no primeiro ano."
A coordenadora do colégio Aubrick (zona sul de São Paulo), Silvia Camargo, é favorável a uma regra nacional, mas não à data de corte estabelecida pelo MEC --o aniversário antes do início do ano letivo.
"A criança que completa seis anos até junho tem maturidade para entrar no ensino fundamental", afirma ela.
Em outra linha crítica, o presidente do sindicato dos colégios privados do Paraná, Ademar Batista Pereira, afirma que a preocupação do MEC não é pedagógica. "O interesse é econômico. O governo não tem condições de atender a mais crianças de primeiro ano nas escolas públicas."
Pereira diz que, de qualquer forma, os colégios particulares seguirão as normas definidas. Atualmente, no Paraná, as crianças de cinco anos podem ser matriculadas no primeiro ano, ainda que completem seis anos apenas em dezembro.
A professora Iraíde Barreiro, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), concorda com o MEC. "Crianças de cinco anos precisam brincar, e não ser alfabetizadas. A decisão [do MEC] ajuda a assegurar a infância dessas crianças."
A partir do ano que vem, o ensino fundamental de oito anos (da primeira à oitava série) deixará de existir no Brasil. Terá nove anos (do primeiro ao nono ano), como já ocorre em algumas escolas. O ano extra foi acrescentado no início do ciclo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u662266.shtml
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Pesquisa indica avanços na educação de jovens, mas alerta para desigualdades
Paula Laboissière
Da Agência Brasil
Em Brasília
A situação educacional de brasileiros com idade entre 15 e 29 anos é um misto de avanços, problemas e desafios, de acordo com estudo divulgado hoje (3) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O documento tem como base dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2008, que indica um total de 49,7 milhões de jovens no país - 26,2% da população.
O Ipea destaca como principal avanço o fato de os jovens, atualmente, conseguirem passar mais tempo em sala de aula e terem maior escolaridade do que os adultos. Em 1998, a média de anos de estudo entre pessoas de 15 a 24 anos era 6,8. No ano passado, a média era de 8,7 anos de estudo entre jovens de 18 a 24 anos. No grupo de 25 a 29 anos, a média chegou a 9,2 - 3,2 anos de estudo a mais do que entre a população acima dos 40 anos.
Mas o estudo alerta que o processo de escolarização da maioria dos jovens brasileiros ainda é marcado por oportunidades limitadas e que, no país, prevalecem expressivas desigualdades educacionais entre ricos e pobres, brancos e não brancos, e moradores de áreas urbanas e rurais e das diferentes regiões.
A pesquisa também destaca que apenas a metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos frequenta o ensino médio na idade adequada e que 44% ainda não concluíram nem mesmo o ensino fundamental. Nas regiões Nordeste e Norte, as taxas de frequência (36,4% e 39,6%, respectivamente) são bem mais baixas do que no Sudeste e Sul (61,8% e 56,5%, respectivamente).
O acesso ao ensino superior é ainda mais restrito, com frequência de apenas 13,6% dos jovens de 18 a 24 anos. Uma boa parcela dos que têm mais de 18 anos - cerca de 30% - conseguiu completar o ensino médio, mas sem buscar a continuidade de estudos no ensino superior.
O Ipea ressalta também que a proporção de jovens fora da escola cresce de acordo com a faixa etária: 15,9%, entre os jovens de 15 a 17 anos; 64,4%, de 18 a 24 anos; e 87,7%, de 25 a 29 anos.
Um destaque positivo apontado na pesquisa é que o maior nível de escolaridade também se reflete na menor taxa de analfabetismo entre os jovens. Na faixa de 15 a 17 anos, a queda foi de de 8,2%, em 1992, para 1,7%, em 2008, e, na faixa de 18 a 24 anos, foi de 8,8% para 2,4%, no mesmo período.
Entretanto, de acordo com o estudo, a redução do analfabetismo entre jovens nos últimos dez anos não foi acompanhada da diminuição das disparidades regionais, sobretudo no Norte e Nordeste.
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/12/03/ult105u8955.jhtm
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Novo ciclo vai atender quase dois milhões de pessoas
A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação (MEC) encerrou na sexta-feira (27), em Brasília, a formação de 63 consultores para o ciclo do programa Brasil Alfabetizado a ser implementado no fim deste ano e em 2010. No novo ciclo, está previsto o atendimento a 945,8 mil alfabetizandos em áreas urbanas e cerca de um milhão nas rurais.
Os consultores — profissionais com curso superior em diversas áreas do conhecimento e com experiência em planejamento e gestão educacional — prestarão assistência técnico-pedagógica a 1.928 municípios que registram índices de analfabetismo de jovens e adultos iguais ou superiores a 25% da população. Esses municípios estão nas regiões Norte e Nordeste e em parte do Sudeste.
A tarefa dos consultores será a de auxiliar os municípios na elaboração dos planos de alfabetização e na definição de estratégias de mobilização para a matrícula de jovens e adultos. Os profissionais participarão ainda da elaboração e da execução do Plano Plurianual de Alfabetização (PPAlfa), pré-requisito para participação no Brasil Alfabetizado.
“Os municípios precisam ganhar capacidade de gestão para desenvolver a política de educação de jovens e adultos por conta própria e garantir a alfabetização e a elevação da escolaridade”, explica o diretor de políticas de educação de jovens e adultos do MEC, Jorge Teles.
As unidades da Federação e municípios participantes do programa recebem recursos financeiros suplementares para custeio de atividades como formação inicial e continuada de alfabetizadores e coordenadores de turmas; aquisição de material escolar, pedagógico, didático ou literário; compra de gêneros alimentícios e transporte dos alfabetizandos. Alfabetizadores, tradutores-intérpretes da linguagem brasileira de sinais (Libras) e coordenadores de turmas recebem bolsas-benefício pagas diretamente pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
http://www.nota10.com.br/novo/web/noticia_view.php?noticia_id=2752
Audiência pública irá discutir a homofobia na escola
Tem início amanhã (1.º), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná, uma audiência pública com o tema "Escola sem homofobia: toda discriminação deve ser reprovada!". O horário de início da atividade está marcado para as 9 horas. A audiência é promovida pelo deputado estadual José Lemos (PT).
A audiência conta com o apoio do Fórum Paranaense de Gênero e Diversidade Sexual, integrado pelas seguintes entidades: Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Aliança Paranaense Pela Cidadania LGBT, APP-Sindicato, Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD), Cebrapaz - PR, Centro Paranaense de Cidadania (Cepac), Coordenação do Curso de Gênero e Diversidade na Escola (GDE/UEPG), Dom da Terra, Grupo de Gênero da Universidade Tecnológica do Paraná - UTFPR, Grupo Dignidade, IPAD Brasil - Instituto de Pesquisa da Afrodescendência, Liga Brasileira de Lésbicas (LBL-PR), Marcha Mundial das Mulheres, Núcleo das Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência (Dedi - Seed), Núcleo de Gênero da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (Dedi Seed), Transgrupo Marcela Prado.
http://www.nota10.com.br/novo/web/noticia_view.php?noticia_id=2748
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
PB e mais 8 estados recebem recursos complementares do Fundeb
A décima parcela referente à complementação da União do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) já está disponível nas contas correntes dos nove estados e municípios que não conseguiram arrecadar o valor mínimo por aluno estabelecido para este ano.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) repassou R$ 283 milhões nesta quarta-feira, 25.
Os valores das parcelas por estado são: Alagoas, R$ 10.180.952,86; Amazonas, R$ 2.056.991,92; Bahia, R$ 64.894.331,10; Ceará, R$ 36.989.766,81; Maranhão, R$ 65.623.946,64; Pará, R$ 61.293.782,36; Paraíba, R$ 7.083.965,17; Pernambuco R$ 21.248.269,11 e Piauí, R$ 13.807.994,03.
Estados – O FNDE também transferiu às secretarias estaduais de educação do Acre, Ceará e Mato Grosso R$ 67.409.358,61. Desse valor, a secretaria estadual do Acre recebeu R$ 389.992,18 para aquisição de material pedagógico e R$ 2.202.552,00 para aquisição de acervo técnico do programa Brasil Profissionalizado.
A secretaria estadual do Ceará recebeu R$ 3.959.924,80 para ampliação e R$ 52.874.710,98 para construção de escola do ensino médio. A secretaria estadual de Mato Grosso recebeu R$ 8.045.178,65 para a mesma finalidade.
Os valores e as destinações dos repasses estão discriminados por ação em www.fnde.gov.br / consultas on line / liberação de recursos.
Outros repasses – Pelo programa Caminho da Escola, que financia aquisição de ônibus escolares novos, o FNDE transferiu aos municípios alagoanos de Atalaia, Jequiá da Praia, Senador Rui Palmeira e Teotônio Vilela R$ 200.970,00 para cada um. Também receberam esse mesmo valor os municípios de Humaitá, no Amazonas, e Pedro Alexandre, na Bahia.
O FNDE transferiu ainda, para a compra de ônibus escolar, R$ 341.946,00 para o município baiano de Bom Jesus da Lapa,; R$ 528.808,50 para Trairi, no Ceará, (CE) e R$ 321.106,50 para Junqueiro e Limoeiro de Anadia, em Alagoas; Rio Preto da Eva, no Amazonas, e Cabaceiras do Paraguaçu e Tucano, na Bahia.
http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matLer.asp?newsId=110579
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Pilares da educação em discussão
“A educação vem de casa”, diz o antigo provérbio. Mas até que ponto essa afirmação permanece verdadeira? A julgar pelo que se observa cotidianamente, tem-se a impressão de que a sociedade brasileira moderna passou a acreditar que os professores têm a obrigação de ensinar tudo – e, também, de educar as crianças.
Claro que o mestre pode e deve contribuir para que os jovens se preparem para a vida de uma maneira mais abrangente. Transmitir e discutir valores essenciais ao exercício da cidadania, principalmente no tocante aos direitos e deveres de cada um, são procedimentos compatíveis com o exercício do magistério. O que não pode acontecer – mas, infelizmente, tem sido cada vez mais constante – é a “terceirização”, por parte dos pais, daquela que seria a parte mais valiosa de sua missão: o “educar”, com foco na preparação dos filhos para a vida.
É muito importante diferenciar o ensino – atributo da escola – da educação, que é prerrogativa da família. O ensinar é a transmissão e/ou repasse de um conhecimento adquirido anteriormente; o educar vai muito além da transmissão de conhecimentos. É a arte do aprender a aprender. E do saber transmitir. Não se trata apenas de dominar as sutilezas da gramática, as normas da ortografia, os conteúdos formais dos livros e cartilhas. O ensino remete à apropriação e ao desenvolvimento dos saberes e das habilidades técnicas. Educar refere-se ao desenvolvimento da cidadania, ao exercício da vida em sociedade. Mas como se faz isto? Quem são os sujeitos desta ação? O momento que vivemos pede uma urgente reflexão a respeito desses temas.
Muito se tem falado do quanto o ensino no Brasil é deficitário, principalmente no contexto das escolas públicas de ensino fundamental e médio. Embora o acesso à escola tenha sido universalizado nos últimos 20 anos, o que foi muito positivo, esse salto quantitativo não se fez acompanhar de um aumento da qualidade. O desempenho dos estudantes brasileiros nos testes internacionais que auferem o grau de conhecimento em leitura e matemática é pífio. Entre os adolescentes, a evasão atinge patamares alarmantes, e há problemas sérios no que se refere à qualidade dos conteúdos trabalhados em sala de aula e à competência dos profissionais de ensino. Quando, a este quadro, se alia o desinteresse da família, temos o delineamento de um cenário realmente dramático.
Não faz muito tempo, os colégios públicos eram expoentes da mais alta qualidade de ensino no País. Em instituições como o Caetano de Campos, na cidade de São Paulo, as vagas eram concorridíssimas, mais ou menos como acontece hoje nos vestibulares para as universidades federais e estaduais. As escolas particulares eram frequentadas pelos filhos da elite que não conseguiam passar nos famosos “vestibulinhos” dos estabelecimentos de ensino público. E o magistério era a carreira seguida pelas “moças de boa família”, que se orgulhavam do título de “professora”.
Hoje, a despeito de algumas poucas e gloriosas exceções, resta uma desoladora conjunção de experiências pedagógicas caóticas e mal implementadas, de degeneração das infraestruturas, de indefinição de papéis e de desprestígio ao professor – e não estamos falando de salário!
É urgente rediscutir os rumos da Educação e aquilo que se espera do professor, dos pais e – por que não? – das crianças e dos jovens. Uma das prioridades deve ser o resgate do prestígio e do respeito do profissional do ensino. É necessário fortalecer seu papel de mestre, recolocando-o no patamar elevado a que tem direito. Também é fundamental que os pais sejam parceiros da escola e, sobretudo, que permaneçam vigilantes em relação aos filhos, monitorando seu comparecimento, suas notas, a realização das tarefas, as pessoas com as quais se relaciona, os ambientes que frequenta. E, ainda, é mais do que necessário resgatar a finalidade original da escola – que é de ensinar.
Não podemos atribuir responsabilidades isoladas por esses descalabros. As várias instâncias de governo, as instituições de ensino, as empresas e, principalmente, a família, devem assumir suas respectivas responsabilidades. Um problema de imensas proporções como este pede soluções abrangentes, com a participação efetiva de todos.
Cabe ressaltar que a base educacional frágil resulta em uma formação deficitária mesmo para aqueles jovens que conseguem chegar à graduação. Não por acaso, 88% dos bacharéis em Direito que prestaram a prova da OAB em 2008 foram reprovados. Quantos deles jamais exercerão a advocacia, embora tenham investido alguns milhares de reais e anos de estudo neste sonho?
Em praticamente todas as profissões, a formação acadêmica insatisfatória também é fator preponderante para os insucessos, mas não o único. Por desconhecerem o ambiente empresarial, muitos jovens profissionais não conseguem se manter, ou sequer ingressar, em uma organização. Realizar investimentos sociais no campo da educação e abrir espaços para receber e treinar estagiários e jovens aprendizes são exemplos de contribuições que podem ser dadas pelas empresas.
Aos governos, cabe o dever de empreender esforços no sentido de oferecer melhor formação às crianças e adolescentes nas escolas públicas. Não adianta termos investment grade, Pré-Sal e outras vantagens competitivas se o nosso bem mais valioso – o ser humano – não está recebendo os cuidados que merece.
Para que esse momento maravilhoso que vivemos no campo econômico se torne duradouro, é de suma importância formar profissionais qualificados. Somente assim nos manteremos competitivos e capazes de criar e inovar. É a educação de base, com o envolvimento de todos os pilares sociais – pais, governo, escolas, setor produtivo –, que produzirá os agentes do nosso futuro.
http://www.nota10.com.br/novo/web/artigos_view.php?id_artigos=488
Ensino superior tem quase 1,5 milhão de vagas ociosas
O crescimento do número de matrículas no ensino superior entre 2007 e 2008 não acompanhou a expansão das vagas. Em todo o país, foram registradas 1.479.318 vagas não preenchidas de acordo com informações do Censo da Educação Superior, divulgado nesta sexta-feira pelo MEC (Ministério da Educação).
Matrículas em cursos a distância quase dobram em um ano
Quase 75% dos universitários estudam em instituições privadas
As instituições privadas respondem por 98% dessas vagas. Entre 2007 e 2008, o aumento de vagas ociosas foi de 10%. Apesar de alto, ainda é menor do que o registrado no período anterior, de 13%.
O relatório aponta que é preciso analisar as razões para um número tão grande de vagas desocupadas, pois "a oferta deve refletir a capacidade instalada do setor para atender à demanda por cursos de graduação".
Outro dado apresentado pelo censo é o índice de conclusão de curso. Pouco mais da metade dos estudantes (57,3%) conseguiu se formar. A taxa de conclusão foi calculada pela razão entre o número de concluintes de 2008 e os ingressantes de 2005.
As menores taxas de conclusão registradas em 2008 são de instituições privadas: 55,3%. Entre as públicas o índice é de 65%, chegando a 67% na rede federal.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u658427.shtml
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Governo quer zerar municípios sem biblioteca até junho de 2010
Três em cada quatro brasileiros não frequentam bibliotecas. Para reverter este quadro, ampliar o acesso ao livro e formar novos leitores, o Ministério da Cultura aposta na construção e modernização de bibliotecas municipais.
A meta, segundo o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos, é zerar, até junho de 2010, o número de municípios sem biblioteca. Desde 2004, 1,2 mil foram implantadas. Mais mil foram modernizadas nos últimos dois anos, disse.
"Um acervo desatualizado e pouco atraente não ajuda. É preciso transformar as bibliotecas em espaços culturais, fazer do cartão da biblioteca um passaporte para o universo literário, e não mantê-las como meros depósitos de livros", afirmou Fabiano dos Santos.
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios em 2007, revela que o brasileiro não frequenta bibliotecas. Esta foi a resposta dada por 73% dos entrevistados, que representam 126 milhões de pessoas. Os argumentos vão desde a falta de interesse ou hábito pela leitura (24%) à ausência de uma biblioteca próxima (16%). Mesmo os leitores não têm o hábito de ir à biblioteca, como afirmaram 58% dos entrevistados, que representam 55 milhões de brasileiros.
Por outro lado, 52,8 milhões ou 55% dos leitores entrevistados informaram que, além de emprestar livros, usam as bibliotecas como ambiente de pesquisa e estudo. Já 15,9 milhões de brasileiros leitores ou 17% dos entrevistados vão às bibliotecas para ler por prazer.
Para atingir a meta de zerar o número de municípios sem biblioteca, o governo federal contratou a Fundação Getulio Vargas para fazer um mapeamento. O problema, de acordo com o diretor do Livro, Leitura e Literatura do MEC, é que nem todas as administrações municipais são parceiras. "Depois de uma eleição, é comum ver a antiga biblioteca da cidade transformada em posto de saúde", afirmou Fabiano dos Santos.
Em, 21/11/2009
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u655780.shtml
Aquecimento custará 1 ano de crescimento ao Brasil, mostra relatório
RAFAEL GARCIA
da Folha de S. Paulo
Em 2050, cada cidadão brasileiro perderá de R$ 534 e R$ 1.600 de sua renda anual por causa da mudança climática, indica um estudo feito por 11 instituições de pesquisa. A redução no PIB nacional será de 0,5% a 2,3%, o equivalente a perder um ano de crescimento.
O trabalho, divulgado nesta terça-feira (24), mostra que Norte e Nordeste tendem a ser mais afetados pelo aquecimento global daqui a quatro décadas, e que o aumento das desigualdades sociais e regionais será o legado mais cruel da crise do clima no país.
Coordenado pelos economistas Jacques Marcovitch, da USP, Sérgio Margulis, do Banco Mundial, e Carolina Dubeux, da Coppe/UFRJ, com financiamento do governo britânico, o estudo "Economia do Clima" pôs o problema em perspectiva nacional pela primeira vez.
Ele é inspirado no Relatório Stern, o primeiro grande cálculo do impacto da mudança climática na economia global, feito em 2006.
Para chegar aos valores finais, os pesquisadores aglutinaram estimativas de perdas econômicas como a da agropecuária, que sofrerá mais com secas, e das áreas costeiras, que sofrerão mais com ressacas e o aumento do nível do mar.
O trabalho simula dois cenários de crescimento econômico para Brasil: um baseado em uma economia "limpa", que respeita o ambiente e emite menos CO2, e outro em uma economia suja. O resultado mostra uma solução para o problema expresso há pouco pelo presidente Lula, de que a crise do clima se deve ao fato de que "o mundo é redondo".
Em, 25/11/2009
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u657231.shtml
Apenas 40% das escolas do país têm rede de esgoto
Enquanto o número de lares conectados à rede de esgoto chega a pouco mais da metade dos domicílios brasileiros, só 40% das escolas brasileiras têm acesso ao serviço de coleta de esgoto. Os dados são do estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em parceria com o Instituto Trata Brasil, com base no censo escolar entregue pelas 197 mil escolas brasileiras em 2008.
"Nossas crianças frequentam escolas sem acesso a saneamento", lamenta o coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri. Para ele, o mais preocupante é que a falta de saneamento está diretamente ligada ao risco à saúde. Segundo levantamento do Trata Brasil divulgado no ano passado, no Brasil, 200 crianças de 1 a 5 anos morrem por mês em decorrência de doenças ligadas à falta de saneamento.
"Enquanto alguns cogitam programas como o 'um computador por criança', inspirado na iniciativa americana OLPC (One Laptop Per Child), propomos a iniciativa 'PDF - uma privada decente por família'." Nas escolas brasileiras a falta de rede de esgoto é mais intensa que os demais serviços públicos, como rede de abastecimento de água, com alcance de 63%; energia elétrica (88%); e coleta de lixo (63%).
O ranking de instituições de ensino com acesso ao serviço de coleta é liderado por Belo Horizonte (MG), onde quase todas as escolas (99,6%) estão ligadas à rede de esgoto. Em segundo lugar, aparecem Vitória (ES), com alcance de 98%, e Rio de Janeiro (RJ), com 97%. São Paulo (SP), onde 93% das escolas estão conectadas à rede, aparece em sexto lugar. E nas últimas posições, estão Boa Vista (RR), Macapá (AP) e Porto Velho (RO), onde o porcentual de instituições de ensino com acesso à coleta é de 31%, 15% e 9%, respectivamente.
Em, 24/11/2009
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/24/ult4528u886.jhtm
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Indicação de leitura
Histórias reais formam livro que discute o trabalho infantil no país.
Durante 14 anos de reportagens, o jornalista Ari Cipola travou contato com os maiores bolsões de pobreza brasileiros. Neste livro, ele relata o drama real das milhares de crianças brasileiras obrigadas a trabalhar precocemente, apresenta números e estatísticas dessa realidade no país e analisa a mobilização da sociedade contra a exploração da mão-de-obra infantil.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Pesquisadora fala sobre a importância das redes no combate ao trabalho infantil
A palestra de abertura da Capacitação para o Enfrentamento do Trabalho Infantil no Paraná, que começou nesta terça-feira (17), tratou do tema “A Importância do Trabalho em Rede para o Enfrentamento do Trabalho Infantil”. Ministrada pela docente e pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Fátima Alberto, o tema passou pelas definições do trabalho infantil, pelo histórico das ações sociais em rede e metodologias para enfrentar o problema.
Fátima falou sobre a dificuldade de definir o que é trabalho infantil, já que várias atividades tornam o problema “invisível”. A palestrante ilustrou o problema com casos em que se considera que a criança ou adolescente apenas “ajuda” em certas atividades. Outro problema, de acordo com a pesquisadora, é o uso do termo infantil, que refere-se a até 12 anos de idade, quando considera-se trabalho infantil aquele feito até os 16 anos.
“É muito complicado dizer para um pai ou uma mãe que o seu filho de 14 anos não pode trabalhar”, disse Fátima. O problema, de acordo com a pesquisadora, é ainda maior quando se consideram os trabalhos feitos pelas crianças como “complemento de empreitadas familiares”, relacionadas a “estratégias de sobrevivência”.
Assim, uma metodologia é fundamental para abordar o problema. Uma das soluções, segundo Fátima, é analisar o trabalho infantil como “atividade de trabalho”, considerando o que é efetivamente feito pelas crianças e adolescentes, independente de se tratarem ou não de atividades “produtivas”. Quanto à denominação, a palestrante considera mais adequado o termo “trabalho precoce”, que supõe “antes da idade permitida”.
Depois das definições e conceitos, Fátima Alberto falou na importância das redes para garantir a aplicação dos direitos e metodologias citados. Traçando um histórico dos movimentos sociais, a palestrante demonstrou a importância das interações nas reivindicações de direitos sociais e políticas públicas.
Como exemplos de trabalhos em rede, a pesquisadora falou sobre as experiências colocadas em prática na Paraíba. Fátima demonstrou como o trabalho em conjunto da UFPB, do Ministério Público do Trabalho, Senai e Senat funcionou para resolver algumas dificuldades, como a capacitação e o levantamento de recursos. Outros agentes, como os meios de comunicação, também foram apontados como participantes decisivos para que as ações em rede tenham sucesso.
Para Fátima, sua participação na Capacitação para o Enfrentamento do Trabalho Infantil no Paraná pode ser considerada um exemplo de ação em rede. “Temos que construir uma agenda também em nível nacional. É preciso que a gente construa essa articulação, essa rede, pra que se possa construir uma agenda mais eficaz de enfrentamento do trabalho infantil”, diz.
A Capacitação para o Enfrentamento do Trabalho Infantil no Paraná reúne cerca de 200 profissionais de diversas áreas de atuação. Promovido pela Secretaria da Criança e da Juventude, o evento visa à articulação de políticas públicas intersetoriais para um trabalho conjunto de combate à exploração da mão de obra infantil no Estado.
O evento está sendo realizado até 19 de novembro, no Condor Hotel, em Curitiba. Nesta quarta-feira (18), coordenadora do Programa de Saúde do Trabalhador Adolescente do Núcleo de Estudo da Saúde do Adolescente da UERJ, Carmen Raymundo, e a psicóloga e pesquisadora do Programa de Saúde do Trabalhador Adolescente do Programa de Atenção Primária do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da UERJ, Larissa Wolls, debatem a Sensibilização para Atenção Integral a Crianças e Adolescentes em Situação de Trabalho Infantil.
Em, 18-11-2009
Fonte: Agência de Notícias Estado do Paraná, 17.11.09 às 18h44
http://www.agencia.ufpb.br/ver.php?pk_noticia=11117
Wikipedia e iPhone são momentos da década, segundo prêmios Webby
O lançamento da Wikipedia, o surgimento do iPhone e a eleição do presidente norte-americano, Barack Obama, estão entre os dez momentos mais influentes da internet nos últimos dez anos, de acordo com os prêmios Webby.
Outro evento destacado pela Academia de Artes e Ciências Digitais, sediada em Nova York, que organiza os prêmios Webby desde 1996, foi a eleição iraniana neste ano, quando os protestos demonstraram a força do Twitter e de outras mídias sociais na reformulação de uma democracia.
"A internet é a história da década porque foi a catalisadora de mudanças não apenas em todos os aspectos de nossas vidas cotidianas mas em tudo o mais, do comércio e comunicação à política e cultura pop", afirmou David-Michael Davies, diretor executivo do Webby Awards.
"O tema recorrente entre todos os marcos que nossa lista menciona é a capacidade da internet para contornar os sistemas do passado e entregar mais poder às pessoas comuns", acrescentou.
*
Veja a lista dos dez momentos mais influentes da década na internet, de acordo com os prêmios Webby:
- O site de classificados Craigslist se expande para além de San Francisco, em 2000, influenciando jornais em toda parte.
- O Google lança o AdWords, em 2000, permitindo que anunciantes direcionem anúncios com extrema precisão.
- A enciclopédia aberta Wikipedia é lançada, em 2001; hoje, tem 14 milhões de artigos em 271 idiomas diferentes.
- O fechamento do Napster, em 2001, abre as portas a múltiplos serviços de troca de arquivos.
- A oferta pública inicial de ações do Google, em 2004, que colocou o serviço de buscas no caminho para influenciar incontáveis aspectos de nossas vidas cotidianas.
- A revolução do vídeo on-line em 2006, e a explosão de publicação de conteúdo caseiro e profissional na internet, mudando a cultura pop e a política.
- O Facebook passa a aceitar usuários não universitários e o Twitter é lançado, em 2006.
- Lançamento do iPhone, em 2007, faz dos celulares inteligentes mais que produtos de luxo, disponibilizando um aplicativo para quase todo aspecto da vida moderna.
- A campanha presidencial norte-americana de 2008, na qual a internet mudou todos os aspectos da condução de uma campanha eleitoral.
- Os protestos iranianos depois da eleição presidencial deste ano, quando o Twitter se provou vital para organizar manifestações e como veículo de protesto.
19/11/2009
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u654631.shtml
USP oferecerá graduação de educomunicação a partir de 2011
O Conselho Universitário da USP (Universidade de São Paulo) aprovou ontem (17) a criação da graduação de licenciatura em educomunicação. A nova carreira estará vinculada à ECA (Escola de Comunicações e Artes) e entrará em vigor em 2011, com 30 vagas no período noturno.
O curso deve preparar profissionais para atender a demandas provenientes do campo da educação formal (magistério) bem como da prática social, o que prevê o uso das tecnologias da informação e das linguagens da comunicação das artes em projetos voltados para a comunicação educativa.
O profissional poderá atuar na docência, especialmente nos cursos profissionalizantes de nível médio voltados para a comunicação e para as tecnologias da informação. Terá atuação, ainda, no desenvolvimento de projetos destinados a qualificar a expressão comunicativa da comunidade escolar, fazendo uso das linguagens da comunicação, das artes e das tecnologias da informação, tanto no ensino básico quanto no superior. No caso, o educomunicador desempenhará o papel de um assessor a serviço das secretarias de comunicação, das diretorias de ensino e das próprias escolas.
A grade curricular será estruturada de forma a abranger inicialmente disciplinas gerais das ciências humanas, que se especificarão ao longo do curso, partindo da construção de um pensamento crítico sobre a realidade contemporânea até se apropriar das teorias e práticas da comunicação. Essas etapas convergirão para a dimensão participativa do futuro profissional.
O corpo docente - que conta com 19 professores doutores, especialistas em teorias, linguagens e gestão da comunicação, educação, teoria e crítica das artes e tecnologias da informação - assumirá as disciplinas e a direção do novo programa. Foram firmadas também parcerias com o MAC (Museu de Arte Contemporânea) e com a Faculdade de Educação, que ministrará as matérias referentes às práticas de ensino.
Com informações da Agência USP de Notícias.
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/18/ult105u8902.jhtm
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Oficina "Metodologia Webquest no ensino"
Participem da oficina "Metodologia Webquest no ensino" que acontecerá dia 23.11.09 de 14 às 17 horas ministrada por mim lá no Garden Hotel, no contexto da programação do XVI Encontro de Iniciação Científica da UEPB - Universidade, Ciências e Ética. Faça sua inscrição até quinta-feira. Inscreva-se gratuitamente. Baixe a ficha de inscrição, registre seus dados e caso não encontre esta oficina faça uma observação na ficha colocando o tema da oficina no espaço Oficinas que há ficha e o nome da professora ministrante e em seguida envie para o seguinte email: eventoprpgp@uepb.edu.br
Espero por você lá... vamos juntos construir conhecimentos.
Grande abraço
Prof. Lúcia Serafim
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Educação Biocêntrica faz Congresso Internacional
Um Congresso que vai reunir profissionais da educação de diversas partes do mundo para sentir as possibilidades de expressão vivencial e teórica da Educação Biocêntrica. É o que está sendo preparado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) por meio do Centro de Educação, da International Biocentric Foudantion e o Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPB. Todo esse conjunto de instituições está envolvido na organização do I Congresso Internacional de Educação Biocêntrica, que vai ocorrer em João Pessoa, no período de 2 a 5 de setembro de 2010.
As informações foram dadas pela diretora da Escola de Formação em Educação Biocêntrica, Elisa Gonsalves, professora da UFPB. Ela contou que o Congresso será diferenciado, inclusive, em sua forma de realização porque vai contemplar também um conjunto de vivências e troca de experiências ligadas a esse modelo de educação. Já estão confirmadas as presenças de pesquisadores e educadores como Rolando Toro (do Chile e criador da teoria da educação biocêntrica), Alain Lucas (França) Mônica Turco (Itália) Alejandro Balbi (Bélgica) Ricardo Toro (França) Juan Francisco Gavillán (Chile), Susana Bastian (México), Manuela Robert (Portugal), Antônio Sarpe (Portugal), Carlos Ramón (Chile) Délia Ximena (Chile), Nathalie Filissiadis (Bélgica) Jorge Terren (Argentina) e Claudete Sant´anna (Chile).
Entre os brasileiros já confirmaram presença no Congresso os pesquisadores e professores Rogério Silveira, Ricardo Guedesa, Lúcia Helena Ramos, Angelina Pereira, Sanclair Lemos, Danielle Tavares, Sinfrônio Lima, Ana Maria Borges de Sousa,, Andréa Zattar, Zélia Villarinho, Agostinho Della Vecchia, Laís Beserra, Luciana Tavares, Ana Coutinho, Luiz Gonzaga Gonçalves, Pierre Normando Gomes, Eliana Almeida, entre outros.
Os participantes do Congresso desenvolverão trabalhos focados nos temas diversos, entre eles: a Aprendizagem Vital e Educação Biocêntrica, Música e Movimento na Educação Biocêntrica, Corporeidade e Educação Biocêntrica, Biodança para Crianças e Jovens, Educação Biocêntrica, Sustentabilidade e Educação Ambiental.
Os interessados no I Congresso Internacional de Educação Biocêntrica já podem se inscrever. Até o dia 5 de dezembro a inscrição será R$ 250,00. No período de 6 de dezembro a 5 de março, a inscrição será R$ 300,00. Entre 6 de março até 5 de julho ela sobe para R$ 350,00, chegando a R$ 400,00 no período de 6 de julho até o dia do evento. Participantes que queiram apresentar trabalhos podem enviar a proposta até 5 de março de 2010.
Mais informações pela página eletrônica www.educacaobiocentrica.com.br, pelo telefone 55 83 3216 7715. Também podem se comunicar por e-mail: congresso@educacaobiocentrica.com.br
As informações foram dadas pela diretora da Escola de Formação em Educação Biocêntrica, Elisa Gonsalves, professora da UFPB. Ela contou que o Congresso será diferenciado, inclusive, em sua forma de realização porque vai contemplar também um conjunto de vivências e troca de experiências ligadas a esse modelo de educação. Já estão confirmadas as presenças de pesquisadores e educadores como Rolando Toro (do Chile e criador da teoria da educação biocêntrica), Alain Lucas (França) Mônica Turco (Itália) Alejandro Balbi (Bélgica) Ricardo Toro (França) Juan Francisco Gavillán (Chile), Susana Bastian (México), Manuela Robert (Portugal), Antônio Sarpe (Portugal), Carlos Ramón (Chile) Délia Ximena (Chile), Nathalie Filissiadis (Bélgica) Jorge Terren (Argentina) e Claudete Sant´anna (Chile).
Entre os brasileiros já confirmaram presença no Congresso os pesquisadores e professores Rogério Silveira, Ricardo Guedesa, Lúcia Helena Ramos, Angelina Pereira, Sanclair Lemos, Danielle Tavares, Sinfrônio Lima, Ana Maria Borges de Sousa,, Andréa Zattar, Zélia Villarinho, Agostinho Della Vecchia, Laís Beserra, Luciana Tavares, Ana Coutinho, Luiz Gonzaga Gonçalves, Pierre Normando Gomes, Eliana Almeida, entre outros.
Os participantes do Congresso desenvolverão trabalhos focados nos temas diversos, entre eles: a Aprendizagem Vital e Educação Biocêntrica, Música e Movimento na Educação Biocêntrica, Corporeidade e Educação Biocêntrica, Biodança para Crianças e Jovens, Educação Biocêntrica, Sustentabilidade e Educação Ambiental.
Os interessados no I Congresso Internacional de Educação Biocêntrica já podem se inscrever. Até o dia 5 de dezembro a inscrição será R$ 250,00. No período de 6 de dezembro a 5 de março, a inscrição será R$ 300,00. Entre 6 de março até 5 de julho ela sobe para R$ 350,00, chegando a R$ 400,00 no período de 6 de julho até o dia do evento. Participantes que queiram apresentar trabalhos podem enviar a proposta até 5 de março de 2010.
Mais informações pela página eletrônica www.educacaobiocentrica.com.br, pelo telefone 55 83 3216 7715. Também podem se comunicar por e-mail: congresso@educacaobiocentrica.com.br
Aprovado Mestrado em Artes Visuais na UFPB
Frida Kahlo
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aprovou junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes), na última sexta-feira, seu Mestrado em Artes Visuais, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), devendo ter sua primeira entrada de alunos em 2010 na capital paraibana.
A comunicação foi feita por e-mail à Pro-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPG) da UFPB contendo a avaliação técnica do Conselho Técnico Cientifico (CTC) da Capes.
A proposta do mestrado foi aprovada com sua área de concentração em ensino das artes visuais e linhas de pesquisa em ensino das artes visuais no Brasil, história, teoria e processos de criação em artes visuais.
Pioneirismo
A proposta de um mestrado em artes visuais é pioneira no Nordeste, na área de concentração em ensino das Artes Visuais, e tem no seu corpo permanente os docentes da UFPB - Lívia Marques, Erinaldo Alves, José Rufino, João de Lima e Annelsina Trigueiro; Madalena Zaccara, Sebastião Pedrosa e Vicente Vitoriano (RN); e Maria do Carmo, da UFPE.
A UFPB é a segunda instituição do Nordeste a implantar o mestrado em artes, e a primeira a ter a sua área de concentração pautada no ensino das Artes Visuais. O ingresso dos alunos deve ser feito mediante edital a ser publicado brevemente pelas instituições envolvidas.
Nesta segunda-feira (16) reuniu-se o grupo do corpo permanente e ficou estabelecida a implementação de um site para tornar conhecidas as informações do processo de seleção para ingresso no mestrado, além de um blog específico para o mestrado.
Através do telefone do Departamento de Artes Visuais (083) 3216.7002, os interessados podem entrar em contato com a professora Lívia Marques - coordenadora.
Uma vez que o mestrado funciona em parceria institucional com a UFPE, o telefone (081) 2126. 8755 também pode ser acionado, com a professora Madalena Zaccara – vice coordenadora.
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aprovou junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes), na última sexta-feira, seu Mestrado em Artes Visuais, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), devendo ter sua primeira entrada de alunos em 2010 na capital paraibana.
A comunicação foi feita por e-mail à Pro-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPG) da UFPB contendo a avaliação técnica do Conselho Técnico Cientifico (CTC) da Capes.
A proposta do mestrado foi aprovada com sua área de concentração em ensino das artes visuais e linhas de pesquisa em ensino das artes visuais no Brasil, história, teoria e processos de criação em artes visuais.
Pioneirismo
A proposta de um mestrado em artes visuais é pioneira no Nordeste, na área de concentração em ensino das Artes Visuais, e tem no seu corpo permanente os docentes da UFPB - Lívia Marques, Erinaldo Alves, José Rufino, João de Lima e Annelsina Trigueiro; Madalena Zaccara, Sebastião Pedrosa e Vicente Vitoriano (RN); e Maria do Carmo, da UFPE.
A UFPB é a segunda instituição do Nordeste a implantar o mestrado em artes, e a primeira a ter a sua área de concentração pautada no ensino das Artes Visuais. O ingresso dos alunos deve ser feito mediante edital a ser publicado brevemente pelas instituições envolvidas.
Nesta segunda-feira (16) reuniu-se o grupo do corpo permanente e ficou estabelecida a implementação de um site para tornar conhecidas as informações do processo de seleção para ingresso no mestrado, além de um blog específico para o mestrado.
Através do telefone do Departamento de Artes Visuais (083) 3216.7002, os interessados podem entrar em contato com a professora Lívia Marques - coordenadora.
Uma vez que o mestrado funciona em parceria institucional com a UFPE, o telefone (081) 2126. 8755 também pode ser acionado, com a professora Madalena Zaccara – vice coordenadora.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Curso - Tecnologia da Informação e Comunicação
Objetivo
Curso Oferecido para Professores da Rede Pública Municipal do Estado da Paraíba e visa disceminar o uso da tecnologia no ambiente escolar.
Período do curso
10/09/2009 a 31/12/2009
Período da inscrição
08/09/2009 a 30/11/2009
Público alvo
Professores da Rede Pública Municipal
Nível
Formação Continuada
Vagas oferecidas
Mínimo de vagas: 1000
Máximo de vagas: 1000
Carga horária: 100
Conteúdo programático
*Unidade 1: Tecnologia na sociedade, na vida e na escola
Módulo um do curso de tecnologia na educação: Ensinando e aprendendo com as TICs.
*Unidade 2: Internet hipertexto e hipermídia
Nessa unidade iremos tratar de questões sobre a internet, hipertexto e hipermídia
*Unidade 3: Prática pedagógica e mídias digitais
Unidade três do curso de tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TICs.
*Unidade 4: Currículo, projetos e tecnologia
Unidade quatro do curso de tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TICs.
http://eproinfo.mec.gov.br/abert_programa.php?frmCodCurso=82067
Crianças japonesas leem média de 35,9 livros por ano
O Japão possui 3.465 bibliotecas pública
Segundo estudo, estudantes de escolas primárias leram um livro a cada dez dias.
por Redação Made in Japan
16.11.2009
Uma pesquisa do Ministério da Educação, Ciências e Tecnologia do Japão mostra que os estudantes de escola primária retiraram uma média de 35,9 livros por criança em bibliotecas públicas do país, em 2007. É um número recorde.
A partir da estatística, é possível constatar que as crianças de escolas primárias japonesas leram, em média, um livro a cada dez dias. Para termos comparativos, os brasileiros (entre adultos e crianças) leram uma média de 4,7 livros por ano em 2008.
A pesquisa é conduzida a cada três anos desde 1954. Segundo o último estudo, o número de bibliotecas públicas no Japão era de 3.165 em outubro de 2008.
Veja também:
.: A cultura da pontualidade no Japão
.: Chegada à universidade
.: Tôdai, a maior faculdade do Japão
http://madeinjapan.uol.com.br/2009/11/16/criancas-japonesas-leem-media-de-359-livros-por-ano/
Segundo estudo, estudantes de escolas primárias leram um livro a cada dez dias.
por Redação Made in Japan
16.11.2009
Uma pesquisa do Ministério da Educação, Ciências e Tecnologia do Japão mostra que os estudantes de escola primária retiraram uma média de 35,9 livros por criança em bibliotecas públicas do país, em 2007. É um número recorde.
A partir da estatística, é possível constatar que as crianças de escolas primárias japonesas leram, em média, um livro a cada dez dias. Para termos comparativos, os brasileiros (entre adultos e crianças) leram uma média de 4,7 livros por ano em 2008.
A pesquisa é conduzida a cada três anos desde 1954. Segundo o último estudo, o número de bibliotecas públicas no Japão era de 3.165 em outubro de 2008.
Veja também:
.: A cultura da pontualidade no Japão
.: Chegada à universidade
.: Tôdai, a maior faculdade do Japão
http://madeinjapan.uol.com.br/2009/11/16/criancas-japonesas-leem-media-de-359-livros-por-ano/
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Vídeo - Relações Étnico-Raciais
Se desejar, deixe aqui seu comentário sobre o vídeo! Desde já agradeço sua participação.
Promulgada proposta que dá mais recursos para a Educação
Sebastião Salgado
Em sessão solene, o Congresso Nacional promulgou ontem (11) a proposta de emenda à Constituição (PEC 59/09) que garante o fim do corte de recursos orçamentários destinados à educação. A PEC retira, gradativamente, a Desvinculação das Receitas da União (DRU) do orçamento da Educação, até não mais ser cobrada, em 2011. Atualmente, o governo federal pode reter 20% de toda a arrecadação.
O fim da DRU na Educação será gradativo: de 12,5% este ano, de 5% em 2010, e, a partir de 2011, deixará de incidir. A previsão é que com a extinção da desvinculação, a Educação deve receber a mais somente este ano cerca de R$ 4 bilhões, de um total previsto de R$ 41 bilhões. No ano que vem, o fim da DRU representará a injeção de novos R$ 8 bilhões para o ensino.
No entender do presidente José Sarney, que presidiu a sessão solene, a proposta é de enorme importância para a educação brasileira. Mas voltou a defender a canalização de mais recursos para o setor, apesar de reconhecer o esforço do presidente Luis Inácio Lula da Silva em favor da educação.
Emocionada, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), autora da proposta original (PEC 96/03), disse que a promulgação da emenda devolve recursos que a educação tanto precisava. Estimativa do próprio Ministério da Educação (MEC) dá conta de que o setor perdeu cerca de R$ 100 bilhões desde 1996, ano em que a DRU foi instituída.
A proposta também exige educação básica obrigatória e gratuita dos 4 anos aos 17 anos de idade, a ser implementada, progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da União. O Estado deverá também propiciar atendimento ao educando em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
http://www.nota10.com.br/novo/web/noticia_view.php?noticia_id=2671
Em sessão solene, o Congresso Nacional promulgou ontem (11) a proposta de emenda à Constituição (PEC 59/09) que garante o fim do corte de recursos orçamentários destinados à educação. A PEC retira, gradativamente, a Desvinculação das Receitas da União (DRU) do orçamento da Educação, até não mais ser cobrada, em 2011. Atualmente, o governo federal pode reter 20% de toda a arrecadação.
O fim da DRU na Educação será gradativo: de 12,5% este ano, de 5% em 2010, e, a partir de 2011, deixará de incidir. A previsão é que com a extinção da desvinculação, a Educação deve receber a mais somente este ano cerca de R$ 4 bilhões, de um total previsto de R$ 41 bilhões. No ano que vem, o fim da DRU representará a injeção de novos R$ 8 bilhões para o ensino.
No entender do presidente José Sarney, que presidiu a sessão solene, a proposta é de enorme importância para a educação brasileira. Mas voltou a defender a canalização de mais recursos para o setor, apesar de reconhecer o esforço do presidente Luis Inácio Lula da Silva em favor da educação.
Emocionada, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), autora da proposta original (PEC 96/03), disse que a promulgação da emenda devolve recursos que a educação tanto precisava. Estimativa do próprio Ministério da Educação (MEC) dá conta de que o setor perdeu cerca de R$ 100 bilhões desde 1996, ano em que a DRU foi instituída.
A proposta também exige educação básica obrigatória e gratuita dos 4 anos aos 17 anos de idade, a ser implementada, progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da União. O Estado deverá também propiciar atendimento ao educando em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
http://www.nota10.com.br/novo/web/noticia_view.php?noticia_id=2671
Projeto permite que professor se afaste para estudar
Sebastião Salgado
Foi aprovado ontem (11), em primeira discussão, projeto que autoriza os professores estaduais a se afastarem do trabalho para fazerem cursos de mestrado ou doutorado. A proposição teve sua constitucionalidade aprovada, mas com uma emenda, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também pela Comissão de Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia (CECECT).
De acordo com o projeto, de autoria do deputado Nereu Moura (PMDB), o professor estadual concursado, integrante do magistério, poderá pedir o afastamento por dois anos para fazer mestrado; ou por quatro anos para fazer doutorado. A proposição determina que o profissional não receba salários no período de afastamento.
A emenda apresentada pela CCJ altera a Lei 6.174/70, que dispõe sobre o tema do projeto. A emenda determina que o professor não poderá mudar seu cargo durante o período em que estiver afastado para a capacitação. Moura diz que o projeto tem o objetivo de incentivar os educadores a se capacitarem. “Com isso podemos contribuir para aumentar a qualidade do ensino no estado”, justificou.
http://www.nota10.com.br/novo/web/noticia_view.php?noticia_id=2671
Foi aprovado ontem (11), em primeira discussão, projeto que autoriza os professores estaduais a se afastarem do trabalho para fazerem cursos de mestrado ou doutorado. A proposição teve sua constitucionalidade aprovada, mas com uma emenda, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também pela Comissão de Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia (CECECT).
De acordo com o projeto, de autoria do deputado Nereu Moura (PMDB), o professor estadual concursado, integrante do magistério, poderá pedir o afastamento por dois anos para fazer mestrado; ou por quatro anos para fazer doutorado. A proposição determina que o profissional não receba salários no período de afastamento.
A emenda apresentada pela CCJ altera a Lei 6.174/70, que dispõe sobre o tema do projeto. A emenda determina que o professor não poderá mudar seu cargo durante o período em que estiver afastado para a capacitação. Moura diz que o projeto tem o objetivo de incentivar os educadores a se capacitarem. “Com isso podemos contribuir para aumentar a qualidade do ensino no estado”, justificou.
http://www.nota10.com.br/novo/web/noticia_view.php?noticia_id=2671
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Pós em Comunicação abre inscrições para mestrado
O Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba abriu inscrições para a Seleção 2010, nível de Mestrado. São oferecidas 12 vagas para as duas Linhas de Pesquisa: Mídia e Cotidiano, e Culturas Midiáticas Audiovisuais. O PPGC está no segundo ano de funcionamento e realiza a sua terceira Seleção.
O candidato deverá elaborar seu projeto voltado para a temática da linha, observando, além disso, a perspectiva teórica trabalhada pelos professores que compõem a linha. De acordo com a coordenação do curso “não será homologado pré-projeto de mestrado que não contemple a temática da linha e a perspectiva teórica dos professores que a compõem”.
Admissão ao Programa
Os candidatos ao Mestrado devem: a) ter concluído Curso de Graduação plena; b) ter seu pré-projeto aceito, em caráter eliminatório, para participar do processo de seleção; c) ser aprovado numa prova escrita eliminatória, cujos conteúdos serão definidos no âmbito das disciplinas da área de concentração, em função da linha de pesquisa em que for oferecida vaga; d) ser aprovado em entrevista, também de caráter eliminatório, que constará de discussão sobre o pré-projeto do candidato, e do exame do Curriculum Vitae; e) obter classificação (feita com base nas médias das notas obtidas na prova escrita e na entrevista) compatível com o número de vagas oferecidas pelo orientador para o qual foi aprovada sua inscrição.
A inscrição poderá ser feita pessoalmente ou por procuração na secretaria do Programa, no campus da UFPB em João Pessoa, no horário das 08 às 12 horas. Também serão aceitas inscrições enviadas por SEDEX, postadas até às 12 horas do último dia das inscrições, conforme calendário estabelecido pelo Programa. A homologação da inscrição, com base na análise da documentação apresentada, caberá à Coordenação do Programa. Sua divulgação se dará na Secretaria do Programa, e na internet na página www.cchla.ufpb.br/ppgc.
Por que as mudanças são tão lentas na educação?
José Manuel Moran
Por que numa época de grandes mudanças sociais, elas acontecem de forma tão lenta na educação? Por que profissionais inteligentes se acomodam em rotinas, em modelos repetitivos, que muitas vezes causam pouca realização pessoal, profissional e econômica? Sem dúvida a educação depende de melhores condições de formação, remuneração e valorização profissional. Mas quando observamos instituições educacionais públicas e privadas de renome e que possuem relativamente boas condições de trabalho, ainda assim os resultados são muito inferiores ao desejável. Por que profissionais educacionais bem preparados demoram para executar mudanças pedagógicas e gerenciais necessárias?
Mudanças dependem de uma boa gestão institucional com diretrizes claras e poder de implementação, tendo os melhores profissionais, bem remunerados e formados (realidade ainda muito distante). Mas um dos caminhos que pode esclarecer algumas dificuldades da mudança pessoal é que as pessoas têm atitudes diferentes diante do mundo, da profissão, da vida. Em todos os campos encontramos profissionais com maior ou menor iniciativa, mais ou menos motivados, mais convencionais ou proativos. Nas instituições educacionais – organizações cada vez mais complexas - convivem gestores e professores com perfis pessoais e profissionais bem diferentes.
Numa primeira análise, constatamos que existem, basicamente, dois perfis profissionais (com diferentes variáveis e justificativas): os automotivados e os que precisam de motivações mais externas. Os automotivados são mais ativos, procuram saídas, não se detêm diante dos obstáculos que aparecem e por isso costumam realizar mais avanços a longo prazo. Os motivados externos são mais dependentes, precisam ser mais monitorados, orientados, dirigidos. Sem essa motivação externa perdem o ímpeto, quando aparecem dificuldades, ou quando o controle diminui. Os automotivados pesquisam e, com poucos recursos ou condições, constroem novos projetos. Os dependentes, nas mesmas ou melhores condições, preferem executar tarefas, obedecer ordens, realizar o que outros determinam. Os dependentes querem receitas, os automotivados procuram soluções. Por que uns são mais motivados do que outros? Uma das explicações, na minha opinião, é que os motivados procuram ou encontram um sentido mais profundo no que fazem na vida do que os dependentes, que encaram a educação mais como profissão e sobrevivência econômica, sem outros ideais que os orientem.
Nas mesmas instituições educacionais e nas mesmas condições, gestores, professores, funcionários mostram posturas e perfis diferentes. Encontramos basicamente quatro tipos de profissionais:
1. Profissionais previsíveis
São gestores e professores que aprendem modelos e tendem a repeti-los permanentemente. Gostam da segurança, do conforto da repetição. Dependem de motivações externas. Fazem pequenas alterações, quando pressionados, mas, se a pressão da autoridade diminui, o comportamento tradicional se restabelece.
Encontramos profissionais previsíveis competentes, que realizam um trabalho exemplar, sério, dedicado. E encontramos também previsíveis pouco competentes, pouco preparados, que copiam modelos, receitas sem muita criatividade.
2. Profissionais proativos, automotivados
São gestores e professores que buscam sempre soluções, alternativas, novas técnicas, metodologias. Procuram, em condições menos favoráveis, fazer mudanças (se motivam para continuar aprendendo). Diante de novas propostas ou idéias, fazem pesquisa, e procuram implementá-las e avaliá-las.
Temos duas categorias de proativos: Uns são dinâmicos, ágeis e implementam soluções previsíveis, conhecidas, aprendidas em palestras ou cursos de formação. Outros são proativos inovadores: Trazem propostas diferenciadas, ainda não tentadas antes. Ambos são importantes para fazer avançar a educação, mas é dos inovadores neste momento que precisamos mais.
3. Profissionais acomodados
São professores e gestores que procuram a educação porque – na visão deles - é uma profissão pouco exigente e muito segura. Não se ganha muito, mas permite ser levada como “um bico”, sem muito compromisso. São profissionais burocráticos, que fazem o mínimo para se manter; questionam os motivados, os jovens idealistas; culpam o governo, a estrutura, os alunos pelos problemas. Muitas vezes ocupam cargos importantes e os utilizam em proveito próprio ou de grupos específicos, que os apóiam ou elegem. São um peso desagregador e imobilizador nas escolas, que torna muito mais difícil realizar mudanças.
4. Profissionais com dificuldades maiores
Alguns tem dificuldades momentâneas ou conjunturais. Passam por uma crise pessoal ou familiar, ou alguma doença que dificulta o seu desempenho profissional. Com o tempo se recuperam e retomam o ritmo anterior. Mas também há profissionais que possuem dificuldades mais profundas. Pode ser de relacionamento - são difíceis, complicados, não sabem trabalhar em grupo – de esquizofrenia, de autocentramento – se acham os donos do mundo – e tantas outras. São pessoas difíceis, que complicam muito o andamento institucional, a relação pedagógica e a gestão escolar.
Nas instituições convivem estes quatro tipos de profissionais, que contribuem de forma diferente para os avanços necessários na educação:
- Os previsíveis, mesmo vendo os problemas, preferem continuar com sua rotina confortável e só mudam com uma pressão continuada externa.
- Os proativos estão prontos para fazer mudanças, mesmo antes de serem solicitadas institucionalmente e procuram implementá-las em pequena escala, quando não há ainda uma política institucional que favoreça as mudanças.
- Os acomodados são os que mais criticam o estado das coisas, os que culpam os demais pelos problemas – governo, direção, alunos mal preparados, condições de trabalho, salários baixos – e utilizam esses questionamentos que fazem sentido para justificar sua não ação, sua pouca preocupação com as mudanças efetivas. Criticam muito, realizam pouco e atrapalham os proativos, muitas vezes com críticas corrosivas e pessimistas (“já vimos esse filme antes e não deu em nada”, “isso é fogo de palha, idealismo de jovens...”).
- Os que têm dificuldades maiores são também um peso na mudança, porque ou estão em um período complicado e pouco podem contribuir ou possuem personalidades difíceis, ariscas, autoritárias, que tornam complexa a convivência, quanto mais a mudança.
A gestão das mudanças
É importante ressaltar que a atitude fundamental de maior ou menor proatividade pessoal não é inata, pode ser aprendida e modificada por cada um. As atitudes não são definitivas. Uns migram de uma atitude mais passiva para outra mais dinâmica, quando acham sentido novo no que fazem. Outros podem cansar-se de ser pró-ativos incompreendidos e se acomodam no convencional.
A mudança pode ser induzida, provocada, preparada. Quando há uma insistência institucional maior, quando os gestores mantêm por muito tempo a atenção focada na mudança ela acontece mais facilmente. Quando surge num ímpeto temporário, sem o acompanhamento permanente, costuma provocar uma acomodação dos que não estão motivados. Preferem voltar ao conforto do habitual. Em organizações fragmentadas em grupos, nichos, onde não há diretrizes e modelos de gestão convergentes, as mudanças são muito mais difíceis, porque dependem do voluntarismo pessoal e grupal e não da gestão profissional convergente.
Para a mudança da mentalidade acomodada de muitos gestores e educadores, o mais importante é criar condições de trabalho, econômicas e de formação para que os melhores alunos encontrem motivos para serem professores e ter um processo de seleção que realmente escolha os melhores candidatos.
Vale a pena que, além de profissionalizar a gestão institucional, mostrar na gestão pessoal que sendo pró-ativos conseguimos maior realização e ganhos profissionais em reconhecimento e econômicos. Os proativos são mais requisitados, porque trazem mais benefícios para a instituição, se souberem também trabalhar em equipe. Muitos pensam que fazendo o previsível, já é suficiente e é o melhor na relação custo-benefício. Há pouco incentivo para mostrar que a mudança, que a atitude positiva, proativa traz uma realização muito maior, principalmente a longo prazo. É importante fazer uma divulgação maior dos empreendedores, dos inovadores, dos proativos, dos que trazem contribuições significativas para a instituição, para os alunos e também para si mesmos.
Propostas de mudança num período de transição
Na educação costumamos apresentar propostas pedagógicas fechadas ou iguais para todos. Diante da diversidade de posturas profissionais e motivações diferentes dos profissionais, penso que seria interessante apresentar propostas pedagógicas com alguma flexibilidade:
- para os mais previsíveis e motivados externamente, funciona mais criar conteúdos,roteiros detalhados de aprendizagem, atividades, avaliação (passo a passo). Precisam de materiais, livros, orientações específicas.
- para os automotivados e proativos é mais importante mostrar possíveis caminhos, roteiros de aprendizagem diferenciados. O importante não é o conteúdo pronto, mas as dinâmicas, as atividades, as possibilidades de pesquisa, a criação de condições de aprendizagem (motivar, orientar...), a relação teoria-prática, os projetos.
Na educação precisamos da flexibilidade criativa dos pró-ativos e da previsibilidade também, porque a maioria prefere o que é o previsível ao inovador. Os automotivados e pró-ativos gostam de menos detalhamento. Inventam mais os próprios caminhos, desenvolvem seus projetos. Como temos atualmente mais profissionais motivados externamente do que proativos precisamos de estratégias diferenciadas para poder conseguir fazer mudanças mais significativas e profundas.
As Secretarias de Educação podem preparar materiais detalhados de como ensinar cada conteúdo específico para a maioria dos docentes, porque eles se sentem mais confortáveis e seguros com eles. Esses professores não exploram muito por conta própria os roteiros de aprendizagem. Daí o sucesso das empresas que fornecem pacotes com livros e materiais multimídia prontos, iguais para todos. Ao mesmo tempo precisam sinalizar, apoiar e incentivar mudanças profundas na organização pesada atual, apoiando inovações no currículo, nas metodologias, na organização de ensino e aprendizagem, na inserção de tecnologias em rede, na formação continuada, apoiando gestores, professores e escolas que apresentem projetos pedagógicos viáveis neste período de transição para outros diferentes em construção, e que serão realizados certamente pelos mais automotivados inovadores. As mudanças na educação são lentas e difíceis, mas precisam ser aceleradas porque o que temos feito até agora é estruturalmente insuficiente para acompanhar o ritmo alucinante experimentado pela sociedade como um todo.
http://www.eca.usp.br/prof/moran/lentas.htm
Por que numa época de grandes mudanças sociais, elas acontecem de forma tão lenta na educação? Por que profissionais inteligentes se acomodam em rotinas, em modelos repetitivos, que muitas vezes causam pouca realização pessoal, profissional e econômica? Sem dúvida a educação depende de melhores condições de formação, remuneração e valorização profissional. Mas quando observamos instituições educacionais públicas e privadas de renome e que possuem relativamente boas condições de trabalho, ainda assim os resultados são muito inferiores ao desejável. Por que profissionais educacionais bem preparados demoram para executar mudanças pedagógicas e gerenciais necessárias?
Mudanças dependem de uma boa gestão institucional com diretrizes claras e poder de implementação, tendo os melhores profissionais, bem remunerados e formados (realidade ainda muito distante). Mas um dos caminhos que pode esclarecer algumas dificuldades da mudança pessoal é que as pessoas têm atitudes diferentes diante do mundo, da profissão, da vida. Em todos os campos encontramos profissionais com maior ou menor iniciativa, mais ou menos motivados, mais convencionais ou proativos. Nas instituições educacionais – organizações cada vez mais complexas - convivem gestores e professores com perfis pessoais e profissionais bem diferentes.
Numa primeira análise, constatamos que existem, basicamente, dois perfis profissionais (com diferentes variáveis e justificativas): os automotivados e os que precisam de motivações mais externas. Os automotivados são mais ativos, procuram saídas, não se detêm diante dos obstáculos que aparecem e por isso costumam realizar mais avanços a longo prazo. Os motivados externos são mais dependentes, precisam ser mais monitorados, orientados, dirigidos. Sem essa motivação externa perdem o ímpeto, quando aparecem dificuldades, ou quando o controle diminui. Os automotivados pesquisam e, com poucos recursos ou condições, constroem novos projetos. Os dependentes, nas mesmas ou melhores condições, preferem executar tarefas, obedecer ordens, realizar o que outros determinam. Os dependentes querem receitas, os automotivados procuram soluções. Por que uns são mais motivados do que outros? Uma das explicações, na minha opinião, é que os motivados procuram ou encontram um sentido mais profundo no que fazem na vida do que os dependentes, que encaram a educação mais como profissão e sobrevivência econômica, sem outros ideais que os orientem.
Nas mesmas instituições educacionais e nas mesmas condições, gestores, professores, funcionários mostram posturas e perfis diferentes. Encontramos basicamente quatro tipos de profissionais:
1. Profissionais previsíveis
São gestores e professores que aprendem modelos e tendem a repeti-los permanentemente. Gostam da segurança, do conforto da repetição. Dependem de motivações externas. Fazem pequenas alterações, quando pressionados, mas, se a pressão da autoridade diminui, o comportamento tradicional se restabelece.
Encontramos profissionais previsíveis competentes, que realizam um trabalho exemplar, sério, dedicado. E encontramos também previsíveis pouco competentes, pouco preparados, que copiam modelos, receitas sem muita criatividade.
2. Profissionais proativos, automotivados
São gestores e professores que buscam sempre soluções, alternativas, novas técnicas, metodologias. Procuram, em condições menos favoráveis, fazer mudanças (se motivam para continuar aprendendo). Diante de novas propostas ou idéias, fazem pesquisa, e procuram implementá-las e avaliá-las.
Temos duas categorias de proativos: Uns são dinâmicos, ágeis e implementam soluções previsíveis, conhecidas, aprendidas em palestras ou cursos de formação. Outros são proativos inovadores: Trazem propostas diferenciadas, ainda não tentadas antes. Ambos são importantes para fazer avançar a educação, mas é dos inovadores neste momento que precisamos mais.
3. Profissionais acomodados
São professores e gestores que procuram a educação porque – na visão deles - é uma profissão pouco exigente e muito segura. Não se ganha muito, mas permite ser levada como “um bico”, sem muito compromisso. São profissionais burocráticos, que fazem o mínimo para se manter; questionam os motivados, os jovens idealistas; culpam o governo, a estrutura, os alunos pelos problemas. Muitas vezes ocupam cargos importantes e os utilizam em proveito próprio ou de grupos específicos, que os apóiam ou elegem. São um peso desagregador e imobilizador nas escolas, que torna muito mais difícil realizar mudanças.
4. Profissionais com dificuldades maiores
Alguns tem dificuldades momentâneas ou conjunturais. Passam por uma crise pessoal ou familiar, ou alguma doença que dificulta o seu desempenho profissional. Com o tempo se recuperam e retomam o ritmo anterior. Mas também há profissionais que possuem dificuldades mais profundas. Pode ser de relacionamento - são difíceis, complicados, não sabem trabalhar em grupo – de esquizofrenia, de autocentramento – se acham os donos do mundo – e tantas outras. São pessoas difíceis, que complicam muito o andamento institucional, a relação pedagógica e a gestão escolar.
Nas instituições convivem estes quatro tipos de profissionais, que contribuem de forma diferente para os avanços necessários na educação:
- Os previsíveis, mesmo vendo os problemas, preferem continuar com sua rotina confortável e só mudam com uma pressão continuada externa.
- Os proativos estão prontos para fazer mudanças, mesmo antes de serem solicitadas institucionalmente e procuram implementá-las em pequena escala, quando não há ainda uma política institucional que favoreça as mudanças.
- Os acomodados são os que mais criticam o estado das coisas, os que culpam os demais pelos problemas – governo, direção, alunos mal preparados, condições de trabalho, salários baixos – e utilizam esses questionamentos que fazem sentido para justificar sua não ação, sua pouca preocupação com as mudanças efetivas. Criticam muito, realizam pouco e atrapalham os proativos, muitas vezes com críticas corrosivas e pessimistas (“já vimos esse filme antes e não deu em nada”, “isso é fogo de palha, idealismo de jovens...”).
- Os que têm dificuldades maiores são também um peso na mudança, porque ou estão em um período complicado e pouco podem contribuir ou possuem personalidades difíceis, ariscas, autoritárias, que tornam complexa a convivência, quanto mais a mudança.
A gestão das mudanças
É importante ressaltar que a atitude fundamental de maior ou menor proatividade pessoal não é inata, pode ser aprendida e modificada por cada um. As atitudes não são definitivas. Uns migram de uma atitude mais passiva para outra mais dinâmica, quando acham sentido novo no que fazem. Outros podem cansar-se de ser pró-ativos incompreendidos e se acomodam no convencional.
A mudança pode ser induzida, provocada, preparada. Quando há uma insistência institucional maior, quando os gestores mantêm por muito tempo a atenção focada na mudança ela acontece mais facilmente. Quando surge num ímpeto temporário, sem o acompanhamento permanente, costuma provocar uma acomodação dos que não estão motivados. Preferem voltar ao conforto do habitual. Em organizações fragmentadas em grupos, nichos, onde não há diretrizes e modelos de gestão convergentes, as mudanças são muito mais difíceis, porque dependem do voluntarismo pessoal e grupal e não da gestão profissional convergente.
Para a mudança da mentalidade acomodada de muitos gestores e educadores, o mais importante é criar condições de trabalho, econômicas e de formação para que os melhores alunos encontrem motivos para serem professores e ter um processo de seleção que realmente escolha os melhores candidatos.
Vale a pena que, além de profissionalizar a gestão institucional, mostrar na gestão pessoal que sendo pró-ativos conseguimos maior realização e ganhos profissionais em reconhecimento e econômicos. Os proativos são mais requisitados, porque trazem mais benefícios para a instituição, se souberem também trabalhar em equipe. Muitos pensam que fazendo o previsível, já é suficiente e é o melhor na relação custo-benefício. Há pouco incentivo para mostrar que a mudança, que a atitude positiva, proativa traz uma realização muito maior, principalmente a longo prazo. É importante fazer uma divulgação maior dos empreendedores, dos inovadores, dos proativos, dos que trazem contribuições significativas para a instituição, para os alunos e também para si mesmos.
Propostas de mudança num período de transição
Na educação costumamos apresentar propostas pedagógicas fechadas ou iguais para todos. Diante da diversidade de posturas profissionais e motivações diferentes dos profissionais, penso que seria interessante apresentar propostas pedagógicas com alguma flexibilidade:
- para os mais previsíveis e motivados externamente, funciona mais criar conteúdos,roteiros detalhados de aprendizagem, atividades, avaliação (passo a passo). Precisam de materiais, livros, orientações específicas.
- para os automotivados e proativos é mais importante mostrar possíveis caminhos, roteiros de aprendizagem diferenciados. O importante não é o conteúdo pronto, mas as dinâmicas, as atividades, as possibilidades de pesquisa, a criação de condições de aprendizagem (motivar, orientar...), a relação teoria-prática, os projetos.
Na educação precisamos da flexibilidade criativa dos pró-ativos e da previsibilidade também, porque a maioria prefere o que é o previsível ao inovador. Os automotivados e pró-ativos gostam de menos detalhamento. Inventam mais os próprios caminhos, desenvolvem seus projetos. Como temos atualmente mais profissionais motivados externamente do que proativos precisamos de estratégias diferenciadas para poder conseguir fazer mudanças mais significativas e profundas.
As Secretarias de Educação podem preparar materiais detalhados de como ensinar cada conteúdo específico para a maioria dos docentes, porque eles se sentem mais confortáveis e seguros com eles. Esses professores não exploram muito por conta própria os roteiros de aprendizagem. Daí o sucesso das empresas que fornecem pacotes com livros e materiais multimídia prontos, iguais para todos. Ao mesmo tempo precisam sinalizar, apoiar e incentivar mudanças profundas na organização pesada atual, apoiando inovações no currículo, nas metodologias, na organização de ensino e aprendizagem, na inserção de tecnologias em rede, na formação continuada, apoiando gestores, professores e escolas que apresentem projetos pedagógicos viáveis neste período de transição para outros diferentes em construção, e que serão realizados certamente pelos mais automotivados inovadores. As mudanças na educação são lentas e difíceis, mas precisam ser aceleradas porque o que temos feito até agora é estruturalmente insuficiente para acompanhar o ritmo alucinante experimentado pela sociedade como um todo.
http://www.eca.usp.br/prof/moran/lentas.htm
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