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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

PB e mais 8 estados recebem recursos complementares do Fundeb


A décima parcela referente à complementação da União do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) já está disponível nas contas correntes dos nove estados e municípios que não conseguiram arrecadar o valor mínimo por aluno estabelecido para este ano.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) repassou R$ 283 milhões nesta quarta-feira, 25.

Os valores das parcelas por estado são: Alagoas, R$ 10.180.952,86; Amazonas, R$ 2.056.991,92; Bahia, R$ 64.894.331,10; Ceará, R$ 36.989.766,81; Maranhão, R$ 65.623.946,64; Pará, R$ 61.293.782,36; Paraíba, R$ 7.083.965,17; Pernambuco R$ 21.248.269,11 e Piauí, R$ 13.807.994,03.

Estados – O FNDE também transferiu às secretarias estaduais de educação do Acre, Ceará e Mato Grosso R$ 67.409.358,61. Desse valor, a secretaria estadual do Acre recebeu R$ 389.992,18 para aquisição de material pedagógico e R$ 2.202.552,00 para aquisição de acervo técnico do programa Brasil Profissionalizado.

A secretaria estadual do Ceará recebeu R$ 3.959.924,80 para ampliação e R$ 52.874.710,98 para construção de escola do ensino médio. A secretaria estadual de Mato Grosso recebeu R$ 8.045.178,65 para a mesma finalidade.

Os valores e as destinações dos repasses estão discriminados por ação em www.fnde.gov.br / consultas on line / liberação de recursos.

Outros repasses – Pelo programa Caminho da Escola, que financia aquisição de ônibus escolares novos, o FNDE transferiu aos municípios alagoanos de Atalaia, Jequiá da Praia, Senador Rui Palmeira e Teotônio Vilela R$ 200.970,00 para cada um. Também receberam esse mesmo valor os municípios de Humaitá, no Amazonas, e Pedro Alexandre, na Bahia.

O FNDE transferiu ainda, para a compra de ônibus escolar, R$ 341.946,00 para o município baiano de Bom Jesus da Lapa,; R$ 528.808,50 para Trairi, no Ceará, (CE) e R$ 321.106,50 para Junqueiro e Limoeiro de Anadia, em Alagoas; Rio Preto da Eva, no Amazonas, e Cabaceiras do Paraguaçu e Tucano, na Bahia.


http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matLer.asp?newsId=110579

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pilares da educação em discussão


“A educação vem de casa”, diz o antigo provérbio. Mas até que ponto essa afirmação permanece verdadeira? A julgar pelo que se observa cotidianamente, tem-se a impressão de que a sociedade brasileira moderna passou a acreditar que os professores têm a obrigação de ensinar tudo – e, também, de educar as crianças.

Claro que o mestre pode e deve contribuir para que os jovens se preparem para a vida de uma maneira mais abrangente. Transmitir e discutir valores essenciais ao exercício da cidadania, principalmente no tocante aos direitos e deveres de cada um, são procedimentos compatíveis com o exercício do magistério. O que não pode acontecer – mas, infelizmente, tem sido cada vez mais constante – é a “terceirização”, por parte dos pais, daquela que seria a parte mais valiosa de sua missão: o “educar”, com foco na preparação dos filhos para a vida.

É muito importante diferenciar o ensino – atributo da escola – da educação, que é prerrogativa da família. O ensinar é a transmissão e/ou repasse de um conhecimento adquirido anteriormente; o educar vai muito além da transmissão de conhecimentos. É a arte do aprender a aprender. E do saber transmitir. Não se trata apenas de dominar as sutilezas da gramática, as normas da ortografia, os conteúdos formais dos livros e cartilhas. O ensino remete à apropriação e ao desenvolvimento dos saberes e das habilidades técnicas. Educar refere-se ao desenvolvimento da cidadania, ao exercício da vida em sociedade. Mas como se faz isto? Quem são os sujeitos desta ação? O momento que vivemos pede uma urgente reflexão a respeito desses temas.

Muito se tem falado do quanto o ensino no Brasil é deficitário, principalmente no contexto das escolas públicas de ensino fundamental e médio. Embora o acesso à escola tenha sido universalizado nos últimos 20 anos, o que foi muito positivo, esse salto quantitativo não se fez acompanhar de um aumento da qualidade. O desempenho dos estudantes brasileiros nos testes internacionais que auferem o grau de conhecimento em leitura e matemática é pífio. Entre os adolescentes, a evasão atinge patamares alarmantes, e há problemas sérios no que se refere à qualidade dos conteúdos trabalhados em sala de aula e à competência dos profissionais de ensino. Quando, a este quadro, se alia o desinteresse da família, temos o delineamento de um cenário realmente dramático.

Não faz muito tempo, os colégios públicos eram expoentes da mais alta qualidade de ensino no País. Em instituições como o Caetano de Campos, na cidade de São Paulo, as vagas eram concorridíssimas, mais ou menos como acontece hoje nos vestibulares para as universidades federais e estaduais. As escolas particulares eram frequentadas pelos filhos da elite que não conseguiam passar nos famosos “vestibulinhos” dos estabelecimentos de ensino público. E o magistério era a carreira seguida pelas “moças de boa família”, que se orgulhavam do título de “professora”.

Hoje, a despeito de algumas poucas e gloriosas exceções, resta uma desoladora conjunção de experiências pedagógicas caóticas e mal implementadas, de degeneração das infraestruturas, de indefinição de papéis e de desprestígio ao professor – e não estamos falando de salário!

É urgente rediscutir os rumos da Educação e aquilo que se espera do professor, dos pais e – por que não? – das crianças e dos jovens. Uma das prioridades deve ser o resgate do prestígio e do respeito do profissional do ensino. É necessário fortalecer seu papel de mestre, recolocando-o no patamar elevado a que tem direito. Também é fundamental que os pais sejam parceiros da escola e, sobretudo, que permaneçam vigilantes em relação aos filhos, monitorando seu comparecimento, suas notas, a realização das tarefas, as pessoas com as quais se relaciona, os ambientes que frequenta. E, ainda, é mais do que necessário resgatar a finalidade original da escola – que é de ensinar.

Não podemos atribuir responsabilidades isoladas por esses descalabros. As várias instâncias de governo, as instituições de ensino, as empresas e, principalmente, a família, devem assumir suas respectivas responsabilidades. Um problema de imensas proporções como este pede soluções abrangentes, com a participação efetiva de todos.

Cabe ressaltar que a base educacional frágil resulta em uma formação deficitária mesmo para aqueles jovens que conseguem chegar à graduação. Não por acaso, 88% dos bacharéis em Direito que prestaram a prova da OAB em 2008 foram reprovados. Quantos deles jamais exercerão a advocacia, embora tenham investido alguns milhares de reais e anos de estudo neste sonho?

Em praticamente todas as profissões, a formação acadêmica insatisfatória também é fator preponderante para os insucessos, mas não o único. Por desconhecerem o ambiente empresarial, muitos jovens profissionais não conseguem se manter, ou sequer ingressar, em uma organização. Realizar investimentos sociais no campo da educação e abrir espaços para receber e treinar estagiários e jovens aprendizes são exemplos de contribuições que podem ser dadas pelas empresas.

Aos governos, cabe o dever de empreender esforços no sentido de oferecer melhor formação às crianças e adolescentes nas escolas públicas. Não adianta termos investment grade, Pré-Sal e outras vantagens competitivas se o nosso bem mais valioso – o ser humano – não está recebendo os cuidados que merece.

Para que esse momento maravilhoso que vivemos no campo econômico se torne duradouro, é de suma importância formar profissionais qualificados. Somente assim nos manteremos competitivos e capazes de criar e inovar. É a educação de base, com o envolvimento de todos os pilares sociais – pais, governo, escolas, setor produtivo –, que produzirá os agentes do nosso futuro.

http://www.nota10.com.br/novo/web/artigos_view.php?id_artigos=488

Ensino superior tem quase 1,5 milhão de vagas ociosas


O crescimento do número de matrículas no ensino superior entre 2007 e 2008 não acompanhou a expansão das vagas. Em todo o país, foram registradas 1.479.318 vagas não preenchidas de acordo com informações do Censo da Educação Superior, divulgado nesta sexta-feira pelo MEC (Ministério da Educação).

Matrículas em cursos a distância quase dobram em um ano

Quase 75% dos universitários estudam em instituições privadas

As instituições privadas respondem por 98% dessas vagas. Entre 2007 e 2008, o aumento de vagas ociosas foi de 10%. Apesar de alto, ainda é menor do que o registrado no período anterior, de 13%.

O relatório aponta que é preciso analisar as razões para um número tão grande de vagas desocupadas, pois "a oferta deve refletir a capacidade instalada do setor para atender à demanda por cursos de graduação".

Outro dado apresentado pelo censo é o índice de conclusão de curso. Pouco mais da metade dos estudantes (57,3%) conseguiu se formar. A taxa de conclusão foi calculada pela razão entre o número de concluintes de 2008 e os ingressantes de 2005.

As menores taxas de conclusão registradas em 2008 são de instituições privadas: 55,3%. Entre as públicas o índice é de 65%, chegando a 67% na rede federal.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u658427.shtml

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Governo quer zerar municípios sem biblioteca até junho de 2010



Três em cada quatro brasileiros não frequentam bibliotecas. Para reverter este quadro, ampliar o acesso ao livro e formar novos leitores, o Ministério da Cultura aposta na construção e modernização de bibliotecas municipais.

A meta, segundo o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos, é zerar, até junho de 2010, o número de municípios sem biblioteca. Desde 2004, 1,2 mil foram implantadas. Mais mil foram modernizadas nos últimos dois anos, disse.

"Um acervo desatualizado e pouco atraente não ajuda. É preciso transformar as bibliotecas em espaços culturais, fazer do cartão da biblioteca um passaporte para o universo literário, e não mantê-las como meros depósitos de livros", afirmou Fabiano dos Santos.

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios em 2007, revela que o brasileiro não frequenta bibliotecas. Esta foi a resposta dada por 73% dos entrevistados, que representam 126 milhões de pessoas. Os argumentos vão desde a falta de interesse ou hábito pela leitura (24%) à ausência de uma biblioteca próxima (16%). Mesmo os leitores não têm o hábito de ir à biblioteca, como afirmaram 58% dos entrevistados, que representam 55 milhões de brasileiros.

Por outro lado, 52,8 milhões ou 55% dos leitores entrevistados informaram que, além de emprestar livros, usam as bibliotecas como ambiente de pesquisa e estudo. Já 15,9 milhões de brasileiros leitores ou 17% dos entrevistados vão às bibliotecas para ler por prazer.

Para atingir a meta de zerar o número de municípios sem biblioteca, o governo federal contratou a Fundação Getulio Vargas para fazer um mapeamento. O problema, de acordo com o diretor do Livro, Leitura e Literatura do MEC, é que nem todas as administrações municipais são parceiras. "Depois de uma eleição, é comum ver a antiga biblioteca da cidade transformada em posto de saúde", afirmou Fabiano dos Santos.

Em, 21/11/2009

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u655780.shtml

Aquecimento custará 1 ano de crescimento ao Brasil, mostra relatório




RAFAEL GARCIA
da Folha de S. Paulo


Em 2050, cada cidadão brasileiro perderá de R$ 534 e R$ 1.600 de sua renda anual por causa da mudança climática, indica um estudo feito por 11 instituições de pesquisa. A redução no PIB nacional será de 0,5% a 2,3%, o equivalente a perder um ano de crescimento.


O trabalho, divulgado nesta terça-feira (24), mostra que Norte e Nordeste tendem a ser mais afetados pelo aquecimento global daqui a quatro décadas, e que o aumento das desigualdades sociais e regionais será o legado mais cruel da crise do clima no país.

Coordenado pelos economistas Jacques Marcovitch, da USP, Sérgio Margulis, do Banco Mundial, e Carolina Dubeux, da Coppe/UFRJ, com financiamento do governo britânico, o estudo "Economia do Clima" pôs o problema em perspectiva nacional pela primeira vez.

Ele é inspirado no Relatório Stern, o primeiro grande cálculo do impacto da mudança climática na economia global, feito em 2006.

Para chegar aos valores finais, os pesquisadores aglutinaram estimativas de perdas econômicas como a da agropecuária, que sofrerá mais com secas, e das áreas costeiras, que sofrerão mais com ressacas e o aumento do nível do mar.

O trabalho simula dois cenários de crescimento econômico para Brasil: um baseado em uma economia "limpa", que respeita o ambiente e emite menos CO2, e outro em uma economia suja. O resultado mostra uma solução para o problema expresso há pouco pelo presidente Lula, de que a crise do clima se deve ao fato de que "o mundo é redondo".


Em, 25/11/2009

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u657231.shtml

Apenas 40% das escolas do país têm rede de esgoto



Enquanto o número de lares conectados à rede de esgoto chega a pouco mais da metade dos domicílios brasileiros, só 40% das escolas brasileiras têm acesso ao serviço de coleta de esgoto. Os dados são do estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em parceria com o Instituto Trata Brasil, com base no censo escolar entregue pelas 197 mil escolas brasileiras em 2008.

"Nossas crianças frequentam escolas sem acesso a saneamento", lamenta o coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri. Para ele, o mais preocupante é que a falta de saneamento está diretamente ligada ao risco à saúde. Segundo levantamento do Trata Brasil divulgado no ano passado, no Brasil, 200 crianças de 1 a 5 anos morrem por mês em decorrência de doenças ligadas à falta de saneamento.

"Enquanto alguns cogitam programas como o 'um computador por criança', inspirado na iniciativa americana OLPC (One Laptop Per Child), propomos a iniciativa 'PDF - uma privada decente por família'." Nas escolas brasileiras a falta de rede de esgoto é mais intensa que os demais serviços públicos, como rede de abastecimento de água, com alcance de 63%; energia elétrica (88%); e coleta de lixo (63%).

O ranking de instituições de ensino com acesso ao serviço de coleta é liderado por Belo Horizonte (MG), onde quase todas as escolas (99,6%) estão ligadas à rede de esgoto. Em segundo lugar, aparecem Vitória (ES), com alcance de 98%, e Rio de Janeiro (RJ), com 97%. São Paulo (SP), onde 93% das escolas estão conectadas à rede, aparece em sexto lugar. E nas últimas posições, estão Boa Vista (RR), Macapá (AP) e Porto Velho (RO), onde o porcentual de instituições de ensino com acesso à coleta é de 31%, 15% e 9%, respectivamente.

Em, 24/11/2009


http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/24/ult4528u886.jhtm

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Indicação de leitura



Histórias reais formam livro que discute o trabalho infantil no país.

Durante 14 anos de reportagens, o jornalista Ari Cipola travou contato com os maiores bolsões de pobreza brasileiros. Neste livro, ele relata o drama real das milhares de crianças brasileiras obrigadas a trabalhar precocemente, apresenta números e estatísticas dessa realidade no país e analisa a mobilização da sociedade contra a exploração da mão-de-obra infantil.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pesquisadora fala sobre a importância das redes no combate ao trabalho infantil


A palestra de abertura da Capacitação para o Enfrentamento do Trabalho Infantil no Paraná, que começou nesta terça-feira (17), tratou do tema “A Importância do Trabalho em Rede para o Enfrentamento do Trabalho Infantil”. Ministrada pela docente e pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Fátima Alberto, o tema passou pelas definições do trabalho infantil, pelo histórico das ações sociais em rede e metodologias para enfrentar o problema.

Fátima falou sobre a dificuldade de definir o que é trabalho infantil, já que várias atividades tornam o problema “invisível”. A palestrante ilustrou o problema com casos em que se considera que a criança ou adolescente apenas “ajuda” em certas atividades. Outro problema, de acordo com a pesquisadora, é o uso do termo infantil, que refere-se a até 12 anos de idade, quando considera-se trabalho infantil aquele feito até os 16 anos.

“É muito complicado dizer para um pai ou uma mãe que o seu filho de 14 anos não pode trabalhar”, disse Fátima. O problema, de acordo com a pesquisadora, é ainda maior quando se consideram os trabalhos feitos pelas crianças como “complemento de empreitadas familiares”, relacionadas a “estratégias de sobrevivência”.

Assim, uma metodologia é fundamental para abordar o problema. Uma das soluções, segundo Fátima, é analisar o trabalho infantil como “atividade de trabalho”, considerando o que é efetivamente feito pelas crianças e adolescentes, independente de se tratarem ou não de atividades “produtivas”. Quanto à denominação, a palestrante considera mais adequado o termo “trabalho precoce”, que supõe “antes da idade permitida”.

Depois das definições e conceitos, Fátima Alberto falou na importância das redes para garantir a aplicação dos direitos e metodologias citados. Traçando um histórico dos movimentos sociais, a palestrante demonstrou a importância das interações nas reivindicações de direitos sociais e políticas públicas.

Como exemplos de trabalhos em rede, a pesquisadora falou sobre as experiências colocadas em prática na Paraíba. Fátima demonstrou como o trabalho em conjunto da UFPB, do Ministério Público do Trabalho, Senai e Senat funcionou para resolver algumas dificuldades, como a capacitação e o levantamento de recursos. Outros agentes, como os meios de comunicação, também foram apontados como participantes decisivos para que as ações em rede tenham sucesso.

Para Fátima, sua participação na Capacitação para o Enfrentamento do Trabalho Infantil no Paraná pode ser considerada um exemplo de ação em rede. “Temos que construir uma agenda também em nível nacional. É preciso que a gente construa essa articulação, essa rede, pra que se possa construir uma agenda mais eficaz de enfrentamento do trabalho infantil”, diz.

A Capacitação para o Enfrentamento do Trabalho Infantil no Paraná reúne cerca de 200 profissionais de diversas áreas de atuação. Promovido pela Secretaria da Criança e da Juventude, o evento visa à articulação de políticas públicas intersetoriais para um trabalho conjunto de combate à exploração da mão de obra infantil no Estado.

O evento está sendo realizado até 19 de novembro, no Condor Hotel, em Curitiba. Nesta quarta-feira (18), coordenadora do Programa de Saúde do Trabalhador Adolescente do Núcleo de Estudo da Saúde do Adolescente da UERJ, Carmen Raymundo, e a psicóloga e pesquisadora do Programa de Saúde do Trabalhador Adolescente do Programa de Atenção Primária do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da UERJ, Larissa Wolls, debatem a Sensibilização para Atenção Integral a Crianças e Adolescentes em Situação de Trabalho Infantil.


Em, 18-11-2009
Fonte: Agência de Notícias Estado do Paraná, 17.11.09 às 18h44

http://www.agencia.ufpb.br/ver.php?pk_noticia=11117

Wikipedia e iPhone são momentos da década, segundo prêmios Webby


O lançamento da Wikipedia, o surgimento do iPhone e a eleição do presidente norte-americano, Barack Obama, estão entre os dez momentos mais influentes da internet nos últimos dez anos, de acordo com os prêmios Webby.

Outro evento destacado pela Academia de Artes e Ciências Digitais, sediada em Nova York, que organiza os prêmios Webby desde 1996, foi a eleição iraniana neste ano, quando os protestos demonstraram a força do Twitter e de outras mídias sociais na reformulação de uma democracia.

"A internet é a história da década porque foi a catalisadora de mudanças não apenas em todos os aspectos de nossas vidas cotidianas mas em tudo o mais, do comércio e comunicação à política e cultura pop", afirmou David-Michael Davies, diretor executivo do Webby Awards.

"O tema recorrente entre todos os marcos que nossa lista menciona é a capacidade da internet para contornar os sistemas do passado e entregar mais poder às pessoas comuns", acrescentou.

*
Veja a lista dos dez momentos mais influentes da década na internet, de acordo com os prêmios Webby:

- O site de classificados Craigslist se expande para além de San Francisco, em 2000, influenciando jornais em toda parte.

- O Google lança o AdWords, em 2000, permitindo que anunciantes direcionem anúncios com extrema precisão.

- A enciclopédia aberta Wikipedia é lançada, em 2001; hoje, tem 14 milhões de artigos em 271 idiomas diferentes.

- O fechamento do Napster, em 2001, abre as portas a múltiplos serviços de troca de arquivos.

- A oferta pública inicial de ações do Google, em 2004, que colocou o serviço de buscas no caminho para influenciar incontáveis aspectos de nossas vidas cotidianas.

- A revolução do vídeo on-line em 2006, e a explosão de publicação de conteúdo caseiro e profissional na internet, mudando a cultura pop e a política.

- O Facebook passa a aceitar usuários não universitários e o Twitter é lançado, em 2006.

- Lançamento do iPhone, em 2007, faz dos celulares inteligentes mais que produtos de luxo, disponibilizando um aplicativo para quase todo aspecto da vida moderna.

- A campanha presidencial norte-americana de 2008, na qual a internet mudou todos os aspectos da condução de uma campanha eleitoral.

- Os protestos iranianos depois da eleição presidencial deste ano, quando o Twitter se provou vital para organizar manifestações e como veículo de protesto.

19/11/2009

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u654631.shtml

USP oferecerá graduação de educomunicação a partir de 2011


O Conselho Universitário da USP (Universidade de São Paulo) aprovou ontem (17) a criação da graduação de licenciatura em educomunicação. A nova carreira estará vinculada à ECA (Escola de Comunicações e Artes) e entrará em vigor em 2011, com 30 vagas no período noturno.

O curso deve preparar profissionais para atender a demandas provenientes do campo da educação formal (magistério) bem como da prática social, o que prevê o uso das tecnologias da informação e das linguagens da comunicação das artes em projetos voltados para a comunicação educativa.

O profissional poderá atuar na docência, especialmente nos cursos profissionalizantes de nível médio voltados para a comunicação e para as tecnologias da informação. Terá atuação, ainda, no desenvolvimento de projetos destinados a qualificar a expressão comunicativa da comunidade escolar, fazendo uso das linguagens da comunicação, das artes e das tecnologias da informação, tanto no ensino básico quanto no superior. No caso, o educomunicador desempenhará o papel de um assessor a serviço das secretarias de comunicação, das diretorias de ensino e das próprias escolas.

A grade curricular será estruturada de forma a abranger inicialmente disciplinas gerais das ciências humanas, que se especificarão ao longo do curso, partindo da construção de um pensamento crítico sobre a realidade contemporânea até se apropriar das teorias e práticas da comunicação. Essas etapas convergirão para a dimensão participativa do futuro profissional.

O corpo docente - que conta com 19 professores doutores, especialistas em teorias, linguagens e gestão da comunicação, educação, teoria e crítica das artes e tecnologias da informação - assumirá as disciplinas e a direção do novo programa. Foram firmadas também parcerias com o MAC (Museu de Arte Contemporânea) e com a Faculdade de Educação, que ministrará as matérias referentes às práticas de ensino.

Com informações da Agência USP de Notícias.

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/18/ult105u8902.jhtm

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Oficina "Metodologia Webquest no ensino"


Participem da oficina "Metodologia Webquest no ensino" que acontecerá dia 23.11.09 de 14 às 17 horas ministrada por mim lá no Garden Hotel, no contexto da programação do XVI Encontro de Iniciação Científica da UEPB - Universidade, Ciências e Ética. Faça sua inscrição até quinta-feira. Inscreva-se gratuitamente. Baixe a ficha de inscrição, registre seus dados e caso não encontre esta oficina faça uma observação na ficha colocando o tema da oficina no espaço Oficinas que há ficha e o nome da professora ministrante e em seguida envie para o seguinte email: eventoprpgp@uepb.edu.br



Espero por você lá... vamos juntos construir conhecimentos.


Grande abraço


Prof. Lúcia Serafim

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Educação Biocêntrica faz Congresso Internacional

Um Congresso que vai reunir profissionais da educação de diversas partes do mundo para sentir as possibilidades de expressão vivencial e teórica da Educação Biocêntrica. É o que está sendo preparado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) por meio do Centro de Educação, da International Biocentric Foudantion e o Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPB. Todo esse conjunto de instituições está envolvido na organização do I Congresso Internacional de Educação Biocêntrica, que vai ocorrer em João Pessoa, no período de 2 a 5 de setembro de 2010.

As informações foram dadas pela diretora da Escola de Formação em Educação Biocêntrica, Elisa Gonsalves, professora da UFPB. Ela contou que o Congresso será diferenciado, inclusive, em sua forma de realização porque vai contemplar também um conjunto de vivências e troca de experiências ligadas a esse modelo de educação. Já estão confirmadas as presenças de pesquisadores e educadores como Rolando Toro (do Chile e criador da teoria da educação biocêntrica), Alain Lucas (França) Mônica Turco (Itália) Alejandro Balbi (Bélgica) Ricardo Toro (França) Juan Francisco Gavillán (Chile), Susana Bastian (México), Manuela Robert (Portugal), Antônio Sarpe (Portugal), Carlos Ramón (Chile) Délia Ximena (Chile), Nathalie Filissiadis (Bélgica) Jorge Terren (Argentina) e Claudete Sant´anna (Chile).

Entre os brasileiros já confirmaram presença no Congresso os pesquisadores e professores Rogério Silveira, Ricardo Guedesa, Lúcia Helena Ramos, Angelina Pereira, Sanclair Lemos, Danielle Tavares, Sinfrônio Lima, Ana Maria Borges de Sousa,, Andréa Zattar, Zélia Villarinho, Agostinho Della Vecchia, Laís Beserra, Luciana Tavares, Ana Coutinho, Luiz Gonzaga Gonçalves, Pierre Normando Gomes, Eliana Almeida, entre outros.

Os participantes do Congresso desenvolverão trabalhos focados nos temas diversos, entre eles: a Aprendizagem Vital e Educação Biocêntrica, Música e Movimento na Educação Biocêntrica, Corporeidade e Educação Biocêntrica, Biodança para Crianças e Jovens, Educação Biocêntrica, Sustentabilidade e Educação Ambiental.

Os interessados no I Congresso Internacional de Educação Biocêntrica já podem se inscrever. Até o dia 5 de dezembro a inscrição será R$ 250,00. No período de 6 de dezembro a 5 de março, a inscrição será R$ 300,00. Entre 6 de março até 5 de julho ela sobe para R$ 350,00, chegando a R$ 400,00 no período de 6 de julho até o dia do evento. Participantes que queiram apresentar trabalhos podem enviar a proposta até 5 de março de 2010.


Mais informações pela página eletrônica www.educacaobiocentrica.com.br, pelo telefone 55 83 3216 7715. Também podem se comunicar por e-mail: congresso@educacaobiocentrica.com.br

Aprovado Mestrado em Artes Visuais na UFPB

Frida Kahlo

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aprovou junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes), na última sexta-feira, seu Mestrado em Artes Visuais, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), devendo ter sua primeira entrada de alunos em 2010 na capital paraibana.

A comunicação foi feita por e-mail à Pro-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPG) da UFPB contendo a avaliação técnica do Conselho Técnico Cientifico (CTC) da Capes.

A proposta do mestrado foi aprovada com sua área de concentração em ensino das artes visuais e linhas de pesquisa em ensino das artes visuais no Brasil, história, teoria e processos de criação em artes visuais.

Pioneirismo
A proposta de um mestrado em artes visuais é pioneira no Nordeste, na área de concentração em ensino das Artes Visuais, e tem no seu corpo permanente os docentes da UFPB - Lívia Marques, Erinaldo Alves, José Rufino, João de Lima e Annelsina Trigueiro; Madalena Zaccara, Sebastião Pedrosa e Vicente Vitoriano (RN); e Maria do Carmo, da UFPE.

A UFPB é a segunda instituição do Nordeste a implantar o mestrado em artes, e a primeira a ter a sua área de concentração pautada no ensino das Artes Visuais. O ingresso dos alunos deve ser feito mediante edital a ser publicado brevemente pelas instituições envolvidas.



Nesta segunda-feira (16) reuniu-se o grupo do corpo permanente e ficou estabelecida a implementação de um site para tornar conhecidas as informações do processo de seleção para ingresso no mestrado, além de um blog específico para o mestrado.

Através do telefone do Departamento de Artes Visuais (083) 3216.7002, os interessados podem entrar em contato com a professora Lívia Marques - coordenadora.

Uma vez que o mestrado funciona em parceria institucional com a UFPE, o telefone (081) 2126. 8755 também pode ser acionado, com a professora Madalena Zaccara – vice coordenadora.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Curso - Tecnologia da Informação e Comunicação



Objetivo

Curso Oferecido para Professores da Rede Pública Municipal do Estado da Paraíba e visa disceminar o uso da tecnologia no ambiente escolar.

Período do curso

10/09/2009 a 31/12/2009

Período da inscrição

08/09/2009 a 30/11/2009

Público alvo

Professores da Rede Pública Municipal

Nível

Formação Continuada

Vagas oferecidas

Mínimo de vagas: 1000
Máximo de vagas: 1000
Carga horária: 100

Conteúdo programático

*Unidade 1: Tecnologia na sociedade, na vida e na escola
Módulo um do curso de tecnologia na educação: Ensinando e aprendendo com as TICs.

*Unidade 2: Internet hipertexto e hipermídia
Nessa unidade iremos tratar de questões sobre a internet, hipertexto e hipermídia

*Unidade 3: Prática pedagógica e mídias digitais
Unidade três do curso de tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TICs.

*Unidade 4: Currículo, projetos e tecnologia
Unidade quatro do curso de tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TICs.



http://eproinfo.mec.gov.br/abert_programa.php?frmCodCurso=82067

Crianças japonesas leem média de 35,9 livros por ano

O Japão possui 3.465 bibliotecas pública

Segundo estudo, estudantes de escolas primárias leram um livro a cada dez dias.
por Redação Made in Japan
16.11.2009


Uma pesquisa do Ministério da Educação, Ciências e Tecnologia do Japão mostra que os estudantes de escola primária retiraram uma média de 35,9 livros por criança em bibliotecas públicas do país, em 2007. É um número recorde.

A partir da estatística, é possível constatar que as crianças de escolas primárias japonesas leram, em média, um livro a cada dez dias. Para termos comparativos, os brasileiros (entre adultos e crianças) leram uma média de 4,7 livros por ano em 2008.

A pesquisa é conduzida a cada três anos desde 1954. Segundo o último estudo, o número de bibliotecas públicas no Japão era de 3.165 em outubro de 2008.


Veja também:

.: A cultura da pontualidade no Japão

.: Chegada à universidade

.: Tôdai, a maior faculdade do Japão


http://madeinjapan.uol.com.br/2009/11/16/criancas-japonesas-leem-media-de-359-livros-por-ano/

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Vídeo - Relações Étnico-Raciais



Se desejar, deixe aqui seu comentário sobre o vídeo! Desde já agradeço sua participação
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Promulgada proposta que dá mais recursos para a Educação

Sebastião Salgado

Em sessão solene, o Congresso Nacional promulgou ontem (11) a proposta de emenda à Constituição (PEC 59/09) que garante o fim do corte de recursos orçamentários destinados à educação. A PEC retira, gradativamente, a Desvinculação das Receitas da União (DRU) do orçamento da Educação, até não mais ser cobrada, em 2011. Atualmente, o governo federal pode reter 20% de toda a arrecadação.

O fim da DRU na Educação será gradativo: de 12,5% este ano, de 5% em 2010, e, a partir de 2011, deixará de incidir. A previsão é que com a extinção da desvinculação, a Educação deve receber a mais somente este ano cerca de R$ 4 bilhões, de um total previsto de R$ 41 bilhões. No ano que vem, o fim da DRU representará a injeção de novos R$ 8 bilhões para o ensino.

No entender do presidente José Sarney, que presidiu a sessão solene, a proposta é de enorme importância para a educação brasileira. Mas voltou a defender a canalização de mais recursos para o setor, apesar de reconhecer o esforço do presidente Luis Inácio Lula da Silva em favor da educação.

Emocionada, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), autora da proposta original (PEC 96/03), disse que a promulgação da emenda devolve recursos que a educação tanto precisava. Estimativa do próprio Ministério da Educação (MEC) dá conta de que o setor perdeu cerca de R$ 100 bilhões desde 1996, ano em que a DRU foi instituída.

A proposta também exige educação básica obrigatória e gratuita dos 4 anos aos 17 anos de idade, a ser implementada, progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da União. O Estado deverá também propiciar atendimento ao educando em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.


http://www.nota10.com.br/novo/web/noticia_view.php?noticia_id=2671

Projeto permite que professor se afaste para estudar

Sebastião Salgado

Foi aprovado ontem (11), em primeira discussão, projeto que autoriza os professores estaduais a se afastarem do trabalho para fazerem cursos de mestrado ou doutorado. A proposição teve sua constitucionalidade aprovada, mas com uma emenda, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também pela Comissão de Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia (CECECT).

De acordo com o projeto, de autoria do deputado Nereu Moura (PMDB), o professor estadual concursado, integrante do magistério, poderá pedir o afastamento por dois anos para fazer mestrado; ou por quatro anos para fazer doutorado. A proposição determina que o profissional não receba salários no período de afastamento.

A emenda apresentada pela CCJ altera a Lei 6.174/70, que dispõe sobre o tema do projeto. A emenda determina que o professor não poderá mudar seu cargo durante o período em que estiver afastado para a capacitação. Moura diz que o projeto tem o objetivo de incentivar os educadores a se capacitarem. “Com isso podemos contribuir para aumentar a qualidade do ensino no estado”, justificou.

http://www.nota10.com.br/novo/web/noticia_view.php?noticia_id=2671

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Pós em Comunicação abre inscrições para mestrado



O Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba abriu inscrições para a Seleção 2010, nível de Mestrado. São oferecidas 12 vagas para as duas Linhas de Pesquisa: Mídia e Cotidiano, e Culturas Midiáticas Audiovisuais. O PPGC está no segundo ano de funcionamento e realiza a sua terceira Seleção.

O candidato deverá elaborar seu projeto voltado para a temática da linha, observando, além disso, a perspectiva teórica trabalhada pelos professores que compõem a linha. De acordo com a coordenação do curso “não será homologado pré-projeto de mestrado que não contemple a temática da linha e a perspectiva teórica dos professores que a compõem”.

Admissão ao Programa

Os candidatos ao Mestrado devem: a) ter concluído Curso de Graduação plena; b) ter seu pré-projeto aceito, em caráter eliminatório, para participar do processo de seleção; c) ser aprovado numa prova escrita eliminatória, cujos conteúdos serão definidos no âmbito das disciplinas da área de concentração, em função da linha de pesquisa em que for oferecida vaga; d) ser aprovado em entrevista, também de caráter eliminatório, que constará de discussão sobre o pré-projeto do candidato, e do exame do Curriculum Vitae; e) obter classificação (feita com base nas médias das notas obtidas na prova escrita e na entrevista) compatível com o número de vagas oferecidas pelo orientador para o qual foi aprovada sua inscrição.

A inscrição poderá ser feita pessoalmente ou por procuração na secretaria do Programa, no campus da UFPB em João Pessoa, no horário das 08 às 12 horas. Também serão aceitas inscrições enviadas por SEDEX, postadas até às 12 horas do último dia das inscrições, conforme calendário estabelecido pelo Programa. A homologação da inscrição, com base na análise da documentação apresentada, caberá à Coordenação do Programa. Sua divulgação se dará na Secretaria do Programa, e na internet na página www.cchla.ufpb.br/ppgc.

Por que as mudanças são tão lentas na educação?

José Manuel Moran


Por que numa época de grandes mudanças sociais, elas acontecem de forma tão lenta na educação? Por que profissionais inteligentes se acomodam em rotinas, em modelos repetitivos, que muitas vezes causam pouca realização pessoal, profissional e econômica? Sem dúvida a educação depende de melhores condições de formação, remuneração e valorização profissional. Mas quando observamos instituições educacionais públicas e privadas de renome e que possuem relativamente boas condições de trabalho, ainda assim os resultados são muito inferiores ao desejável. Por que profissionais educacionais bem preparados demoram para executar mudanças pedagógicas e gerenciais necessárias?

Mudanças dependem de uma boa gestão institucional com diretrizes claras e poder de implementação, tendo os melhores profissionais, bem remunerados e formados (realidade ainda muito distante). Mas um dos caminhos que pode esclarecer algumas dificuldades da mudança pessoal é que as pessoas têm atitudes diferentes diante do mundo, da profissão, da vida. Em todos os campos encontramos profissionais com maior ou menor iniciativa, mais ou menos motivados, mais convencionais ou proativos. Nas instituições educacionais – organizações cada vez mais complexas - convivem gestores e professores com perfis pessoais e profissionais bem diferentes.

Numa primeira análise, constatamos que existem, basicamente, dois perfis profissionais (com diferentes variáveis e justificativas): os automotivados e os que precisam de motivações mais externas. Os automotivados são mais ativos, procuram saídas, não se detêm diante dos obstáculos que aparecem e por isso costumam realizar mais avanços a longo prazo. Os motivados externos são mais dependentes, precisam ser mais monitorados, orientados, dirigidos. Sem essa motivação externa perdem o ímpeto, quando aparecem dificuldades, ou quando o controle diminui. Os automotivados pesquisam e, com poucos recursos ou condições, constroem novos projetos. Os dependentes, nas mesmas ou melhores condições, preferem executar tarefas, obedecer ordens, realizar o que outros determinam. Os dependentes querem receitas, os automotivados procuram soluções. Por que uns são mais motivados do que outros? Uma das explicações, na minha opinião, é que os motivados procuram ou encontram um sentido mais profundo no que fazem na vida do que os dependentes, que encaram a educação mais como profissão e sobrevivência econômica, sem outros ideais que os orientem.


Nas mesmas instituições educacionais e nas mesmas condições, gestores, professores, funcionários mostram posturas e perfis diferentes. Encontramos basicamente quatro tipos de profissionais:


1. Profissionais previsíveis
São gestores e professores que aprendem modelos e tendem a repeti-los permanentemente. Gostam da segurança, do conforto da repetição. Dependem de motivações externas. Fazem pequenas alterações, quando pressionados, mas, se a pressão da autoridade diminui, o comportamento tradicional se restabelece.
Encontramos profissionais previsíveis competentes, que realizam um trabalho exemplar, sério, dedicado. E encontramos também previsíveis pouco competentes, pouco preparados, que copiam modelos, receitas sem muita criatividade.


2. Profissionais proativos, automotivados
São gestores e professores que buscam sempre soluções, alternativas, novas técnicas, metodologias. Procuram, em condições menos favoráveis, fazer mudanças (se motivam para continuar aprendendo). Diante de novas propostas ou idéias, fazem pesquisa, e procuram implementá-las e avaliá-las.

Temos duas categorias de proativos: Uns são dinâmicos, ágeis e implementam soluções previsíveis, conhecidas, aprendidas em palestras ou cursos de formação. Outros são proativos inovadores: Trazem propostas diferenciadas, ainda não tentadas antes. Ambos são importantes para fazer avançar a educação, mas é dos inovadores neste momento que precisamos mais.

3. Profissionais acomodados
São professores e gestores que procuram a educação porque – na visão deles - é uma profissão pouco exigente e muito segura. Não se ganha muito, mas permite ser levada como “um bico”, sem muito compromisso. São profissionais burocráticos, que fazem o mínimo para se manter; questionam os motivados, os jovens idealistas; culpam o governo, a estrutura, os alunos pelos problemas. Muitas vezes ocupam cargos importantes e os utilizam em proveito próprio ou de grupos específicos, que os apóiam ou elegem. São um peso desagregador e imobilizador nas escolas, que torna muito mais difícil realizar mudanças.


4. Profissionais com dificuldades maiores
Alguns tem dificuldades momentâneas ou conjunturais. Passam por uma crise pessoal ou familiar, ou alguma doença que dificulta o seu desempenho profissional. Com o tempo se recuperam e retomam o ritmo anterior. Mas também há profissionais que possuem dificuldades mais profundas. Pode ser de relacionamento - são difíceis, complicados, não sabem trabalhar em grupo – de esquizofrenia, de autocentramento – se acham os donos do mundo – e tantas outras. São pessoas difíceis, que complicam muito o andamento institucional, a relação pedagógica e a gestão escolar.

Nas instituições convivem estes quatro tipos de profissionais, que contribuem de forma diferente para os avanços necessários na educação:
- Os previsíveis, mesmo vendo os problemas, preferem continuar com sua rotina confortável e só mudam com uma pressão continuada externa.
- Os proativos estão prontos para fazer mudanças, mesmo antes de serem solicitadas institucionalmente e procuram implementá-las em pequena escala, quando não há ainda uma política institucional que favoreça as mudanças.
- Os acomodados são os que mais criticam o estado das coisas, os que culpam os demais pelos problemas – governo, direção, alunos mal preparados, condições de trabalho, salários baixos – e utilizam esses questionamentos que fazem sentido para justificar sua não ação, sua pouca preocupação com as mudanças efetivas. Criticam muito, realizam pouco e atrapalham os proativos, muitas vezes com críticas corrosivas e pessimistas (“já vimos esse filme antes e não deu em nada”, “isso é fogo de palha, idealismo de jovens...”).
- Os que têm dificuldades maiores são também um peso na mudança, porque ou estão em um período complicado e pouco podem contribuir ou possuem personalidades difíceis, ariscas, autoritárias, que tornam complexa a convivência, quanto mais a mudança.


A gestão das mudanças



É importante ressaltar que a atitude fundamental de maior ou menor proatividade pessoal não é inata, pode ser aprendida e modificada por cada um. As atitudes não são definitivas. Uns migram de uma atitude mais passiva para outra mais dinâmica, quando acham sentido novo no que fazem. Outros podem cansar-se de ser pró-ativos incompreendidos e se acomodam no convencional.


A mudança pode ser induzida, provocada, preparada. Quando há uma insistência institucional maior, quando os gestores mantêm por muito tempo a atenção focada na mudança ela acontece mais facilmente. Quando surge num ímpeto temporário, sem o acompanhamento permanente, costuma provocar uma acomodação dos que não estão motivados. Preferem voltar ao conforto do habitual. Em organizações fragmentadas em grupos, nichos, onde não há diretrizes e modelos de gestão convergentes, as mudanças são muito mais difíceis, porque dependem do voluntarismo pessoal e grupal e não da gestão profissional convergente.


Para a mudança da mentalidade acomodada de muitos gestores e educadores, o mais importante é criar condições de trabalho, econômicas e de formação para que os melhores alunos encontrem motivos para serem professores e ter um processo de seleção que realmente escolha os melhores candidatos.


Vale a pena que, além de profissionalizar a gestão institucional, mostrar na gestão pessoal que sendo pró-ativos conseguimos maior realização e ganhos profissionais em reconhecimento e econômicos. Os proativos são mais requisitados, porque trazem mais benefícios para a instituição, se souberem também trabalhar em equipe. Muitos pensam que fazendo o previsível, já é suficiente e é o melhor na relação custo-benefício. Há pouco incentivo para mostrar que a mudança, que a atitude positiva, proativa traz uma realização muito maior, principalmente a longo prazo. É importante fazer uma divulgação maior dos empreendedores, dos inovadores, dos proativos, dos que trazem contribuições significativas para a instituição, para os alunos e também para si mesmos.


Propostas de mudança num período de transição

Na educação costumamos apresentar propostas pedagógicas fechadas ou iguais para todos. Diante da diversidade de posturas profissionais e motivações diferentes dos profissionais, penso que seria interessante apresentar propostas pedagógicas com alguma flexibilidade:
- para os mais previsíveis e motivados externamente, funciona mais criar conteúdos,roteiros detalhados de aprendizagem, atividades, avaliação (passo a passo). Precisam de materiais, livros, orientações específicas.
- para os automotivados e proativos é mais importante mostrar possíveis caminhos, roteiros de aprendizagem diferenciados. O importante não é o conteúdo pronto, mas as dinâmicas, as atividades, as possibilidades de pesquisa, a criação de condições de aprendizagem (motivar, orientar...), a relação teoria-prática, os projetos.


Na educação precisamos da flexibilidade criativa dos pró-ativos e da previsibilidade também, porque a maioria prefere o que é o previsível ao inovador. Os automotivados e pró-ativos gostam de menos detalhamento. Inventam mais os próprios caminhos, desenvolvem seus projetos. Como temos atualmente mais profissionais motivados externamente do que proativos precisamos de estratégias diferenciadas para poder conseguir fazer mudanças mais significativas e profundas.


As Secretarias de Educação podem preparar materiais detalhados de como ensinar cada conteúdo específico para a maioria dos docentes, porque eles se sentem mais confortáveis e seguros com eles. Esses professores não exploram muito por conta própria os roteiros de aprendizagem. Daí o sucesso das empresas que fornecem pacotes com livros e materiais multimídia prontos, iguais para todos. Ao mesmo tempo precisam sinalizar, apoiar e incentivar mudanças profundas na organização pesada atual, apoiando inovações no currículo, nas metodologias, na organização de ensino e aprendizagem, na inserção de tecnologias em rede, na formação continuada, apoiando gestores, professores e escolas que apresentem projetos pedagógicos viáveis neste período de transição para outros diferentes em construção, e que serão realizados certamente pelos mais automotivados inovadores. As mudanças na educação são lentas e difíceis, mas precisam ser aceleradas porque o que temos feito até agora é estruturalmente insuficiente para acompanhar o ritmo alucinante experimentado pela sociedade como um todo.

http://www.eca.usp.br/prof/moran/lentas.htm

Novo portal da Capes facilita acesso à informação científica

Em, 10/11/2009

A partir de amanhã (11), o Novo Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) estará disponível a todas as universidades federais do país. O lançamento acontece em Brasília, durante a solenidade de comemoração do IX Aniversário do Portal.

O novo sistema vai facilitar o acesso à informação científica disponível no Portal de Periódicos. Uma novidade é a possibilidade de realizar buscas integradas no acervo assinado pela Capes, por meio de uma pesquisa por autor, assunto ou palavra-chave. Esse recurso foi desenvolvido pela equipe do Portal com a aquisição das ferramentas Metalib e SFX, da empresa israelense Ex Libris.

O Novo Portal também vai oferecer aos usuários um layout mais amigável e o acesso personalizado ao conteúdo, de acordo com a área de interesse do pesquisador. As funcionalidades fazem parte do Projeto de Atualização Funcional e Tecnológica do Portal de Periódicos, uma parceria entre a Capes e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Durante essa etapa de implantação do projeto, as instituições terão acesso às páginas do antigo e do novo Portal de Periódicos.

Acesse o Portal de Periódicos no endereço: www.periodicos.capes.gov.br.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Comissão de Educação do Senado aprova 14º salário para professor

10/11/2009
Tarsila do Amaral


A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou nesta terça-feira (10) um projeto de lei que institui o 14º salário para profissionais da educação básica da rede pública de ensino. A proposta seguirá para análise da Comissão de Assuntos Econômicos e depois, para a Comissão de Assuntos Sociais.

Se for aprovada nas duas próximas comissões, será enviada para a análise da Câmara dos Deputados.

O que você acha do professor ter um 14º salário por mérito?



A medida é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e teve como relator o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), autor do substitutivo que obteve a aprovação.

De acordo com o projeto, para ter direito ao 14º salário em dezembro, os profissionais da educação básica pública precisam elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de sua escola em pelo menos 50%.

O benefício também será pago aos profissionais que alcançarem o Ideb igual ou superior a sete. O projeto ainda estabelece que o pagamento do 14º salário deverá ocorrer até o final do semestre subsequente ao da publicação dos resultados do Ideb.

Na discussão do projeto, Cristovam explicou que a medida não cria competição entre os professores, pois serão beneficiados todos os docentes da escola que cumprir a exigência de elevação do Ideb.

"O que vai ocorrer é uma cobrança de uns professores sobre os outros" disse, citando como exemplo a pressão que deverá ocorrer sobre professores que faltam muito e que, com esse comportamento, poderão prejudicar os demais.

* Com informações da Agência Senado

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/10/ult105u8873.jhtm

Mestrado em Engenharia de Produção inscreve para seleção

Terça, 10 de Novembro de 2009 - 17h55


O Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção da Universidade Federal da Paraíba (PPGEP/UFPB) inscreve até o dia 30 de novembro, para seleção de candidatos ao curso de mestrado em Engenharia de Produção com ingresso no 1º trimestre de 2010.

O PPGEP/UFPB está estruturado a partir da área de concentração “Gestão da Produção”, dividida em duas subáreas: Tecnologia, Trabalho e Organizações e Gerência da Produção de Bens e Serviços.

O corpo docente do PPGEP/UFPB é composto por professores doutores do Departamento de Engenharia de Produção da UFPB, de outros departamentos da UFPB e de outras instituições de ensino.

São oferecidas 20 vagas. Podem concorrer candidatos de formação superior, com validade nacional, em qualquer área de conhecimento; graduandos que concluam seus estudos até a data da primeira matrícula.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Educação a distância cresce, mas sem a qualidade necessária








José Manuel Moran


De acordo com os dados do Ministério da Educação (MEC), o número de alunos matriculados em cursos superiores a distância cresceu 106% entre 2007 e 2008

“A educação a distância (EAD) avançou muito no Brasil, mas de forma desordenada. Estamos muito distantes de trabalhar com a qualidade necessária e com avaliações adequadas”, analisou o professor aposentado pela Universidade de São Paulo (USP), José Manuel Moran, no Seminário “Ensino a distância e Banco de Dados no Ensino Superior”. O evento foi realizado em São Paulo (SP) na última semana pelo Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (CEDEC).

De acordo com os dados do Ministério da Educação (MEC), o número de alunos matriculados em cursos superiores a distância cresceu 106% entre 2007 e 2008. O dado representou o aumento da participação da EAD no Ensino Superior brasileiro – antes era de 4,2%; em 2008, passou para 7,5%. No ano passado, havia 761.099 matrículas nessa modalidade distribuídas entre 109 instituições de ensino públicas e privadas.

“Avançamos, mas com defeitos. Temos de mudar o modelo de gestão e fazer com que a iniciativa privada atenda seus alunos de forma séria”, disse Moran.

Segundo o professor, as instituições particulares, ao planejarem a expansão para a EAD, priorizam as metas quantitativas. “Os aspectos pedagógicos são engolidos pela visão econômica”, ressaltou Moran, que já realizou consultorias para redes de ensino privada e é pesquisador da área de tecnologia educacional.

O professor também acompanha iniciativas públicas. “Eu sou a favor da Universidade Pública a Distância, mas o modelo de gestão implantado no Brasil é absolutamente caótico”.

Tendo como objetivo a expansão da educação pública, o MEC criou em 2005 a Universidade Aberta do Brasil (UAB) – sistema que busca articular as instituições já existentes para estimular a ampliação da oferta de ensino superior, priorizando a formação de professores para Educação Básica.

“Não há uma cultura de integração entre as universidades. É o curso da USP, o da Unesp. Não conseguimos ter uma proposta conjunta. Se esse modelo permanecer, vamos pagar um preço terrível no futuro”, alertou Moran.

Moran criticou ainda algumas regras do MEC para o Ensino Superior a Distância. O professor considera um contrassenso um modelo de educação a distância ancorado na territorialidade. “É preciso fazer a ponte entre Federal e Estadual, olhando mais para o macro”.

O professor da USP lembrou ainda que legislação brasileira exige que no mínimo 20% do total de horas-aula dos cursos credenciados pelo MEC seja presencial. “Não temos EAD no Brasil, mas semipresencial. Na graduação, se não tiver o polo local, o projeto não passa pelo MEC”.

Moran apontou outro desafio para que aumente a qualidade dessa modalidade de ensino: a formação de profissionais para trabalhar com EAD. “Como vamos criar equipes que possam gerenciar tanto o presencial quanto a EAD?”, questionou.

Para o professor da Universidade de Educação a Distância (UNED), da Espanha, Santiago Castillo Arredondo, é importante ter professores dedicados apenas a EAD. Já Moran defende uma maior integração entre os profissionais das duas modalidades. Também considera importante haver um currículo comum para os cursos a distância e presencial. “A Universidade é uma só e deve ter políticas integradas”, argumentou o docente brasileiro.

Modelo de Avaliação Internacional

O seminário contou ainda com a presença do professor da Universidade Aberta de Portugal, Domingo Caiero. Ele apresentou a experiência portuguesa na avaliação de EAD.

Fundada em 1988, a Universidade Aberta oferece 15 licenciaturas e está desenvolvendo uma proposta de indicadores para avaliar a EAD em Portugal. Segundo Caieiro, a Agência de Avaliação e Creditação de Ensino Superior criou indicadores para a modalidade presencial, mas são insuficientes para avaliar a qualidade da EAD.

“Até novembro, teremos os indicadores para o ensino a distância em Portugal. A proposta é enviar à Agência para que ocorra uma integração entre os modelos de avaliação”, explicou Caieiro.

Talita Mochiute

http://www.achanoticias.com.br/noticia.kmf?noticia=9077053