
No entanto, lamenta que infelizmente muitas escolas oferecem o mínimo de infra-estrutura tecnológica de apoio a professores e alunos e, também, porque muitos professores ainda se consideram o centro, focando mais o ensinar do que o aprender, o “dar aula” do que o gerenciar atividades de pesquisa e projetos. Todavia, Moran afirma que a sala de aula pode ser o espaço de múltiplas formas de aprender. Espaço para Informar, pesquisar e divulgar atividades de aprendizagem. Ele diz que uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD, projetor multimídia e, no mínimo, um ponto de Internet, para acesso a sites em tempo real pelo professor ou pelos alunos, quando necessário.
Quando perguntado se os professores estão preparados para trabalhar com as novas tecnologias, ele enfatiza que já temos um número significativo de professores desenvolvendo projetos e atividades mediados por tecnologias. Porém a grande maioria das escolas e dos professores ainda está tateando sobre como utilizá-las adequadamente. E diz que os professores, em geral, ainda estão utilizando as tecnologias para ilustrar aquilo que já vinham fazendo, para tornar as aulas mais interessantes, mas ainda falta o
domínio técnico-pedagógico que lhes permitirá, nos próximos anos, modificar e inovar os processos de ensino e aprendizagem.
O perfil do novo profissional da educação para Moran integrará melhor as tecnologias com a afetividade, o humanismo e a ética. Será um professor mais criativo, experimentador, orientador de processos de aprendizagem presencial e a distância. Será um profissional menos falante, menos informador e mais gestor de atividades de pesquisa, experimentação e projetos. Será um professor que desenvolve situações instigantes, desafios, solução de problemas e jogos, combinando a flexibilidade dos espaços e tempos individuais com os colaborativos grupais.
Para finalizar sua entrevista o pesquisador afirma que educar é ajudar a construir caminhos para que nos tornemos mais livres, para poder fazer as melhores escolhas em cada momento. Se a tecnologia nos domina, caminhamos na direção contrária, da dependência dela. A tecnologia é importante, mas sempre é um meio, um apoio, não pode converter-se numa finalidade em si.
Assim sugiro conferir a entrevista na íntegra...
http://www.eca.usp.br/prof/moran/positivo.pdf
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