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domingo, 18 de outubro de 2009

Reportagem sobre analfabetismo ganha prêmio Vladimir Herzog



A Agência Brasil foi a vencedora do 31° Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos na categoria Analfabetismo Cultural, com a reportagem especial multimídia Analfabetismo: a exclusão das letras, veiculada em maio de 2009. A TV Brasil recebeu menção honrosa na mesma categoria com série de três reportagens sobre educação.

Veja mais reportagens do especial:

No ritmo atual, Brasil ainda levará décadas para erradicar o analfabetismo
Especialistas: Idade avançada é entrave para superar analfabetismo
Analfabetismo funcional é mais um desafio que o Brasil precisa enfrentar
MEC não consegue atrair docentes para trabalhar em turmas de alfabetização
Metas de redução do analfabetismo serão cumpridas, diz MEC

A reportagem especial Analfabetismo: a exclusão das letras foi produzida pela repórter Amanda Cieglinski, com colaboração de jornalistas das sucursais da Agência Brasil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba e Manaus, da equipe de fotografia e da equipe multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A reportagem traz um retrato do analfabetismo no Brasil. Com a contribuição de especialistas e depoimentos de quem enfrenta as dificuldades da falta de letramento no dia a dia, o especial aponta as principais causas do problema e possíveis caminhos para que o país supere esse desafio.

Já a série de reportagens televisivas, produzida pelo repórter Fábio Féter em escolas de ensino fundamental e médio da rede pública da grande São Paulo, apresenta desafios da educação, com questionamentos sobre como educar e para que educar, além de abordar o problema do analfabetismo funcional. A série foi veiculada entre julho e agosto de 2009.

Em 2008, a Agência Brasil também foi vencedora do prêmio Vladimir Herzog, na categoria internet, pelo webdocumentário Nação Palmares.

A cerimônia de entrega do 31° Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos será realizada no dia 26 de outubro, em São Paulo.

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/10/16/ult105u8798.jhtm
16/10/2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tarsila do Amaral



Nascida em Capivari, SP, em 1886, a pintora Tarsila do Amaral é, indiscutivelmente, um ícone da arte brasileira nesse século. Podemos dizer que Tarsila do Amaral encontrou soluções extremamente pertinentes para o que talvez seja o maior dilema da arte brasileira contemporânea: a difícil combinação entre as novas informações e a tradição advindas da arte européia e o caldo cultural brasileiro, principalmente no que se refere à expressão popular.

Tarsila do Amaral teve uma formação acadêmica muito sólida, em São Paulo e em Paris, o que não resultou para a artista em amarras estéticas ou imposições formais. Muito pelo contrário, a formação acadêmica só reforçou a singularidade da cultura popular brasileira para Tarsila.

É essa cultura que seria reinterpretada e redescoberta à luz do modernismo brasileiro. Tarsila do Amaral é peça chave do movimento modernista, integrando o “grupo dos cinco”, formado por intelectuais e artistas fundadores do movimento, como Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Pichia. Nessa época começa o namoro com Oswald de Andrade, com quem se casaria em 1926.

Tarsila do Amaral foi uma artista muito consciente da sua importância no movimento modernista e da inserção da sua obra no panorama brasileiro das artes plásticas. Tarsila integrava a vanguarda intelectual e artística da época, cultivando uma forte amizade com o intelectual franco-suíço Blaise Cendrars.

Em 1928, pintou o Abaporu, tela batizada por Oswald e pelo poeta Raul Bopp, e que inspiraria o movimento o movimento antropofágico, importante movimento cultural da década de 1930, vinculado ao modernismo e encabeçado por Oswald de Andrade. Em 1950, Sergio Milliet organizou retrospectiva da artista no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Tarsila participou também da I Bienal, em 1951. Em 1964, participou da Bienal de Veneza e em 1969 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou uma grande exposição de sua obra: 50 Anos de Pintura. Esse quadro de Tarsila bateu o recorde de preço de uma obra brasileira, estando situado hoje na Argentina.

É considerada uma das mais importantes artistas brasileiras que, embora tenha tido uma curta carreira, criou obras de expressão inigualável para a arte moderna no Brasil.


CRONOLOGIA


1886 – Nasce em Capivari, São Paulo.

1917 – Estuda com Pedro Alexandrino e Elpons, em São Paulo.

1920 – Estuda na Academia Julian, em Paris.

1922 - Liga-se ao grupo modernista em São Paulo, integrando o “grupo dos cinco”, formado por intelectuais e artistas fundadores do movimento, como Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Pichia.

1923 – Viagem à Europa com Oswald de Andrade. Estuda com André Lhote e Albert Gleizes.

1924 – Início da fase Pau-Brasil.

1976 – Retrospectiva na Bienal de São Paulo.

1977 – Retrospectiva no MAM – RJ.

1983 – Retrospectiva Centro Cultural São Paulo.

1984 – Retrospectiva MAM-SP.

1984 – Exposição “Tradição e Ruptura, Síntese de Arte e Cultura Brasileira”, Fundação Bienal de SP.




quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Preparação do pedagogo em um período de mudanças

Por Maria Alice de Castro Rocha
http://www.nota10.com.br/novo/web/artigos_view.php?id_artigos=454
Em, 09/10/2009


Francisco Brenand

Acredito ser a preparação do educador uma das responsabilidades mais nobres existentes em uma sociedade. Como seres humanos, estamos destinados ao aprendizado e à construção de conhecimentos advindos.

O Pedagogo é preparado para pensar a educação, em seus vários âmbitos. E esta é hoje muito complexa, pois vivemos no mundo dominado pela tecnologia que inaugurou uma nova forma de relação entre as pessoas e as informações, o conhecimento.

O centro primeiro da Pedagogia é, entretanto a docência, sobretudo da educação infantil e do ensino fundamental (séries iniciais). Muitos, diante disto, dirão que esta é a parte mais simples de uma formação acadêmica, pois se trata de se ocupar do início de aprendizados simples, sem grandes sofisticações.

Pode-se mesmo acreditar que qualquer um cuida de criança e qualquer um ensina as primeiras letras e os primeiros cálculos. Isto só se poderia considerar por desconhecimento do que significa educação e o cuidar .

Para ensinar um saber devemos dominá-lo. Então quem sabe escrever, sabe ensinar.... Ledo engano. O ensinar trabalha não só com dado saber como com formas de permitir que o outro construa seu conhecimento. O domínio de um saber não basta para que o outro construa seu conhecimento. Como diria Guy Brousseau, o professor precisa criar situações didáticas que favoreçam o conhecer, o aprender.

Isto é, o professor é responsável por fornecer subsídios para que cada ser construa seu conhecimento. Deve lidar hoje com gestão de conhecimentos e de pessoas, que ultrapassa o fornecimento de dados prontos. Lida não só com as construções atuais como com projeções futuras e com um ser dotado de vivências próprias paralelas e anteriores; com sonhos e simbolismos.

É um profissional que deve dominar questões teóricas complexas para entender o sentido da educação e ao mesmo tempo entender as metodologias e práticas de ensino que lhe permitam construir um saber prático profissional. Deve receber subsídios para uma formação que lhe permita perguntar: para quê? Por quê? O que ensinar? E como fazê-lo. Nada na educação é neutra, sem consequências.

Lida com o alicerce das pessoas, mediando formas de se portar diante do conhecer, do aprender, do respeito pelo saber e pelo outro e por si próprio.É o principal responsável pela introdução do ser no conhecimento formal e sistematizado dominado pela sociedade, mas envolto em muitos outros aspectos que formam um ser de possibilidades infindáveis.

Torna-se fundamental pesquisar-se formas de se preparar este educador para o domínio de uma profissão que pede novas maneiras de se lidar com estratégias diversas num mundo complexo que permitam o aprender, sem esquecer o significado que estas possam ter em um contexto mais amplo que envolva o ser, a sociedade e o ecossistema.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Gracias, Mercedes Sosa!



“A voz da América Latina”, foi o que mais se ouviu após a morte de Mercedes Sosa ser anunciada, no domingo. A cantora argentina, de 74 anos, estava internada desde o dia 18 de setembro, com uma doença hepática que foi agravada por problemas respiratórios. A comoção em Buenos Aires levou muitos fãs à despedida da cantora no Congresso Nacional argentino.
Vários artistas brasileiros já reverenciaram não só o talento de Mercedes Sosa, mas o que ela representava em termos de integração da América Latina. Milton Nascimento, Beth Carvalho, Fagner, Gal Costa, Chico Buarque - todos tiveram a oportunidade de, em algum momento, dividir o palco com ela. Uma das maiores artistas da música argentina - ao lado de Carlos Gardel e Astor Piaz-zolla - ela se notabilizou por músicas que continham mensagens sociais, em uma época em que tanto a Argentina quanto o Brasil eram dominados por ditaduras.
Suas canções inspiraram os opositores desses regimes nesses países e em outros do continente que também sofriam com regimes totalitários, denunciando os abusos contra as liberdades. Acabou tendo que se exilar na Europa. “La Negra”, como era carinhosamente conhecida, não era íntima da música regional por acaso: sua família trabalhava numa plantação de cana-de-açúcar. Ela se tornou, ainda adolescente, professora de dança folclórica. Aos 15 anos, participou de um concurso em uma rádio - o que resultou em um contrato de dois anos.
Foi nos anos 1970 que se tornou um símbolo das lutas democráticas, como uma das principais expressões do movimento chamado “nuevo cancionero”. Em 1979, chegou a ser presa, durante um show com uma plateia cheia de estudantes. Libertada 18 horas depois, deixou a Argentina.
Mesmo após a queda das ditaduras no continente, a cantora manteve-se gravando contra as guerras e em dia com sua postura de vida - tanto é que levou três Grammys latinos nos anos 2000: por Misa Criola, em 2000; Acústico, em 2003; Corazón Libre, em 2003. Está indicada a mais três (incluindo disco do ano), por Cantora, um disco em dois volumes lançado este ano, no qual faz parcerias com artistas como Caetano Veloso e Shakira.
Foram 70 discos, em que canções como “Gracias a la vida” e “Si se calla el cantor”. A cremação da cantora estava prevista para ontem, após o fechamento desta edição. Se a integração da Latinoamérica já é difícil para os brasileiros, só não é mais “gracias a Mercedes Sosa”.

Por: RENATO FÉLIX
http://jornaldaparaiba.globo.com/

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A fase da mordida na educação infantil







Por Adelita Martinez


Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), especializada em Administração Escolar, com pós-graduação em Psicopedagogia pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).
Contato:martinezade@hotmail.com



Todos nós conhecemos alguém que já passou por isso! Ou já teve o filho mordido na escola, ou o próprio é que está mordendo tudo e todos. Enquanto professora, sempre que tenho esse problema em sala, costumo agir com muita calma e chamar os dois para uma conversa bem tranquila.

Começo perguntando se o amigo é uma maçã, ou se o braço (ou local mordido) por um acaso é uma salsicha, ou uma pizza. Óbvio que eles rindo respondem que não! Continuo num tom sério porém sem grandes alardes, e pergunto o que normalmente eles comem. Ficam horas listando macarrão, chocolate, pão, tomates,... Para concluir nossa conversa, volto a perguntar, se o braço do amigo não é uma comida, então porque você está mordendo? A gente morde maçã, pizza, o que mais? E eles ajudam na lista... E o braço do amigo a gente morde? E eles mais do que depressa respondem que Não! Então, braço (ou qualquer parte que seja) NÃO é comida, portanto a gente Não morde. Agora pizza, tomate, maçã,.... a gente MORDE!

Muitas vezes a mordida não é intencional! Enquanto mãe sei que é realmente difícil entender pois imaginar sua frágil criança sozinha com monstros mordedores de criancinhas...nos faz querer defender nossas crias e isto é o nosso INSTINTO MATERNO. Muitas vezes, mães chegam a orientar os filhos: olha morda de volta, não seja fraco! Mas se ensinarmos as crianças a dizerem aos amigos: NÃO gosto quando faz isso; ISSO dói muito; VOCÊ me machucou; ou qualquer forma verbalizada de expressar um sentimento, eles assimilaram da mesma maneira e resolveram o conflito sem gerar mais violência. Eles não sabem o que motivou o amigo a morder, mas sabem que a mordida que vão dar de volta para se defender é uma agressão, pois dói e eles não gostaram dessa sensação. Mas estão causando essa sensação ruim no amigo.

Temos sempre que tomar cuidado com os nossos NÃOS. A criança precisa de uma explicação lógico pois senão fica confusa! É como dizer para elas NÃO grite. Aí o papai fanático por futebol leva seu filho no estádio e aos berros grita o nome do timão e incentiva o filho a gritar junto. Peraí, mas não me orientaram a não gritar? Hum, confuso. A criança precisa do complemento não só do não! Sim filho você pode gritar assim, mas no estádio, no parque, aqui em casa (ou no restaurante, ou no cinema) não pode porque é fechado e vai doer nosso ouvido, não é legal, né?

Você vai ajudar sua criança a fazer distinção desde cedo de lugares e associá-los ao seu comportamento. Aqui vai algumas motivações sobre o porquê das mordidas: As crianças exploram o mundo usando TODAS as partes do seu corpo e os seus sentidos, portanto a boca é uma delas. Ao explorar o mundo, elas também estão aprendendo a lei da causa e efeito, testando reações as suas ações. Elas não sabem que a mordida dói e não consegue ainda projetar o que o outro está sentindo.

As crianças são o centro das atenções em suas famílias, na escola essa atenção tem que ser dividida. Que tal dar uma mordidinha para prestarem atenção em mim, mesmo que seja uma atenção “negativa”. E é obvio que sempre vai ter aquele amigão que imita tudo, e por imitação vai acabar mordendo também! Temos sempre que lembrar que crescer é bem “cansativo”para nossos pequenos.

Você já parou para pensar a tonelada de informações, mudanças no corpo, dores, sentimentos, pessoas enfim tudo o que eles estão conhecendo? As vezes a mordida é o meio deles dizerem que estão sobrecarregados, cansados, estressados, frustrados e como eles ainda não aprenderam a verbalizar tudo isso, é mais fácil e rápido canalizar esses sentimentos com uma mordida! É rápido e fácil! E não adianta ficar perguntando o porque, pois eles ainda não sabem expressar ou identificar e verbalizar o que sentem.

Se esse comportamento for repetido com muita frequência e fugir do controle, então as causas podem não ser as citadas acima. Sim! Existem casos de crianças agressivas e mal comportadas, ou sem limites. Nestes casos, a intervenção deverá ser outra, com especialistas pois a família vai ter que estar junto com a escola para resolver esse problema em sintonia uma com a outra.

Em, 02/10/2009
http://www.nota10.com.br/novo/web/artigos_view.php?id_artigos=449

Violência contra a mulher na Paraíba



Olá pessoal...

Vejam essa matéria....Como é gritante em nosso estado a violência contra nós mulheres....

A violência contra a mulher não pára na Paraíba: somente de janeiro a setembro deste ano, 30 mulheres foram assassinadas, 17 sofreram tentativa de homicídio e 40 foram vítimas de estupro.

Detalhe: os dados fornecidos pelo Centro da Mulher 8 de Março se limitam ao que foi apurado no noticiário e, portanto, excluem os que não foram mencionados pela imprensa.

Para protestar contra essa situação, o Centro da Mulher 8 de Março adotou a idéia de que "Em briga de marido e mulher, todos têm que meter a colher – o poder público, a família, a sociedade". E programou para o dia 7 de outubro, a partir do meio-dia, na lagoa do Parque Solon de Lucena, em João Pessoa, um ato público.


O slogan do protesto será "Diga NÃO à violência doméstica! O direito de ser feliz começa em Casa. Tome uma atitude". A entidade está lembrando em campanha: a violência doméstica é crime, precisa ser denunciado e punido, nunca justificado ou desculpado. Ela é praticada pelo marido, ex-marido, companheiro, amante, namorado e também acontece nas relações homoafetivas.

O Centro da Mulher 8 de Março avalia que a violência praticada contra as mulheres é motivada pelas desigualdades entre homens e mulheres e pelas relações de poder, pelo machismo. E lembra que em agosto de 2006 foi assinada a Lei Maria da Penha, que coíbe e previne a violência contra a mulher.



Wellington Farias
Quarta, 30 de Setembro de 2009 - 15h55

http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matler.asp?newsId=102098