O Caminho para CasaUm filme emocionante para qualquer público. Mas os professores que amam sua tarefa poderão compreendê-lo, senti-lo, aproveitá-lo e saboreá-lo melhor. O Caminho para Casa nos leva à aldeia chinesa onde nasceu o executivo Luo Yusheng (Sun Honglei), que vai assistir ao enterro de seu pai, um velho professor. A partir daí, acontece um romântico namoro entre o filho do professor e uma recatada aldeã. O filme mostra as aulas dadas da maneira mais simples possível e nos propõe comparar os momentos de felicidade com o que nos leva até eles.
A Cor do Paraíso Este é um daqueles filmes que podemos ver algumas vezes e redescobrir cada cena. O filme conta a história de Mohammad (Mohsen Ramezani), um menino cego, órfão de mãe, que mora numa escola para deficientes visuais e que, nas férias, volta para seu vilarejo nas montanhas, onde convive com as irmãs e sua avó. O pai se prepara para casar novamente. Uma relação difícil entre pai e filho vai se desenrolando, mas a paciência e a perspicácia de Mohammad se impõem. É um filme otimista, humanitário, a favor da vida.
O Tempero da VidaVencida a primeira “barreira”, resta abrir a mente, sem ideias preconcebidas, para uma produção turco-grega e embarcar na jornada repleta de gostos e aromas sobre os experimentos culinários de Fanis Lakovidis (George Corraface), professor de Astrofísica da Universidade de Atenas, para temperar a vida dos que o cercam.
Deportado da Turquia ainda pequeno com sua família, quando as turbulências com a Grécia começaram a acentuar-se, o menino Fanis (Markos Osse) não se adapta à escola grega e é fora dela que aprende as lições mais valiosas.
Seu mestre, o avô Vasilis (Tassos Bandis), mostra-lhe que tanto a vida quanto a comida requerem um pouquinho de sal para se tornar mais saborosas. E aproveita a versatilidade dos temperos para lhe ensinar Astronomia e Geografia.
Pele de asnoAdaptação de um conto de fadas de Charles Perrault sobre uma princesa (Catherine Deneuve) que foge de seu castelo, disfarçada, para escapar ao destino anunciado pela sua mãe.
Ensinando a viverUm escritor viúvo se aproxima de um menino órfão a quem planeja adotar, mas a criança tem comportamento incomum e diz que veio de outro planeta, para onde quer voltar.
O som do coraçãoUm menino com extraordinário talento musical cresce em um orfanato com a esperança de conhecer seus pais biológicos, que são também músicos e não se veem há anos. Uma história linda, na qual a esperança e o amor unem os três personagens principais do filme. Os sonhos se tornam reais, e a magia da música nos envolve e nos contagia.
Ser e TerEste poético documentário retrata a relação entre o professor Georges Lopez, 55 anos e 30 de ensino, e seus alunos, um grupo de jovens entre 4 e 12 anos, sua tentativa de chegar até eles, muitas vezes impenetráveis na sua timidez e na sua descontração. Com a sua ilimitada paciência, Lopez responde às perguntas dos alunos com outras questões, conduzindo-osàs respostas através do caminho da compreensão.
Apesar de ser evidente a distância que mantém dos seus alunos, a relação que observamos é de amor, de compromisso. Lopez lida com várias facetas dos seus alunos com extrema sensibilidade e atenção, respeitando a inocência e a ingenuidade deles, mas lhes abrindo as portas de um mundo complexo.
O brilho do documentário está nas expressões das crianças, filmadas com intimismo e autenticidade perante suas inquietações. O pequeno notável Jojo, de 4 anos, encanta pela inocência e curiosidade.
Nesse premiado documentário, um professor mostra como é possível levar o mundo para dentro de uma pequena sala de aula multisseriada, no interior da França. Não apenas o conhecimento puro e frio, mas aquele em que as relações interpessoais estão acima de tudo: amizade, justiça, lealdade, companheirismo e honestidade permeiam as lições, as conversas entre os colegas de classe e o marcante relacionamento deles com o mestre. Fazendo do respeito e da igualdade a chave da comunicação entre crianças de diferentes idades, o professor mostra a elas que mais importante do que ter é ser.
Narradores de JavéO vilarejo fictício de Javé está prestes a desaparecer, inundado pelas águas da represa de uma enorme hidrelétrica. Na tentativa de evitar a tragédia, a comunidade local decide escrever os grandes acontecimentos de sua história, justificando, assim, a preservação do povoado.
Antônio Bia (José Dumont), o único adulto alfabetizado de Javé, passa então a recuperar a memória dos moradores a partir de cinco diferentes versões, muitas vezes incompatíveis entre si, transportando-as para o papel. A ironia reside no fato de Bia ter sido expulso anteriormente da cidade por inventar fofocas para aumentar a circulação de cartas e manter o funcionamento da agência dos Correios em que trabalhava.
Pro Dia Nascer FelizDepoimentos de adolescentes de áreas urbanas e rurais dos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Pernambuco revelam angústias, esperanças e desesperanças, incertezas e conflitos vividos por eles.
Não se podem generalizar as situações apresentadas em Pro Dia Nascer Feliz. No fim do filme, contudo, sobra um grande desalento em relação ao ensino público, no qual o adolescente brasileiro enfrenta preconceito, precariedade e violência. Ao menos, é traçado um relato realista das adversidades enfrentadas pelos adolescentes nas escolas brasileiras e a reprodução de um sistema injusto, no qual apenas os ricos têm acesso às melhores escolas, aos melhores empregos e, consequentemente, às melhores condições de vida.